Madeira

Há 30 anos, Jardim apelava à abstenção nas eleições presidenciais

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Em Setembro de 1990, o país preparava-se, como agora, para umas eleições presidenciais, em Janeiro do ano seguinte, que apenas serviriam para reconduzir o titular do cargo. Mário Soares, que em 1987 protagonizara, com Freitas do Amaral, o duelo eleitoral mais interessante de todas as eleições em Portugal - conseguiu a passagem à segunda volta à tangente, mas a mais de 20 pontos do adversário e ganhou - tinha, como Marcelo, a reeleição garantida.

Adversário político de longa data, Alberto João Jardim não aceitava que o seu partido, ao nível nacional, admitisse apoiar Soares que tinha dito que a Madeira vivia em "défice democrático". Sem nenhum candidato do seu agrado, apelava a uma abstenção alargada para confrontar "o sistema".

Com o anúncio da candidatura de Carlos Carvalhas, do PCP, 'emendou a mão' e já admitia apoiar um candidato "democrático".

Nas eleições de Janeiro de 1991, Mário Soares conseguiria o resultado mais dilatado de sempre, 70,35%, contra 14,2% de Basílio Horta, então no CDS e 12,9% de Carlos Carvalhas.

Descarregue aqui a edição completa de 11 de Setembro de 1990:

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