A DREM recorda que "para evitar flutuações muito acentuadas do IRAE, recorre-se à aplicação de uma média móvel de três meses, pelo que o valor de Julho corresponde à média de Maio, Junho e Julho", ainda assim as quebras de -9,1%, -10,1% e, agora, -7,1% podem mesmo ser boas notícias perante a continuação de uma crise sem precedentes.

Diz ainda a entidade estatística que, como referiu "na primeira divulgação do IRAE, em Outubro de 2017 (faz agora três anos), o objetivo do mesmo é 'sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem'. O seu valor quantitativo, assume por isso uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto, a ser apurada com um conjunto mais variado e completo de informação estatística, muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis".

Refira-se que este também é o quinto mês consecutivo de variação negativa do IRAE, num ciclo de declínio iniciado em Março, precisamente quando metade do mês foi perdido à custa da paralisação da economia derivado da pandemia de covid-19. Este período interrompeu 81 meses consecutivos de crescimento da actividade económica, que se tinha iniciado em Junho de 2013.