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Guterres e Maduro conversam sobre a pandemia no mundo e direitos humanos na Venezuela

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conversou hoje com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre os efeitos da pandemia de covid-19 e o estado dos direitos humanos no país sul americano, adiantou a Efe.

Ambos mantiveram uma reunião 'online' no âmbito da Assembleia Geral da ONU, que está a assinalar os seus 75 anos.

"Conversaram sobre o desafio de fortalecer hoje, mais do que nunca, o multilateralismo", disse o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, na sua conta oficial na rede social Twitter.

O chefe da diplomacia venezuelana explicou que Maduro e Guterres "abordaram a luta para conter a pandemia no mundo".

Maduro "explicou ao secretário-geral [da ONU] a estratégia única que a Venezuela seguiu para controlar a pandemia", e ambos "concordaram na necessidade de garantir os tratamentos e vacinas para todos", acrescentou Arreaza.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou também a proposta de Maduro à ONU para ser criado um "fundo rotativo para compras públicas de medicamentos e alimentos para todos os Estados-membros, especialmente para os países sob bloqueios ou perseguições financeiras arbitrárias".

Além disso, Maduro reiterou a Guterres que o seu Governo manteve a cooperação com a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, tendo entregue ao secretário-geral das Nações Unidas o relatório com o mais recente levantamento pelas instituições venezuelanas relativamente à situação dos direitos humanos no país, em resposta a outro relatório crítico elaborado recentemente pela ONU.

A Missão Internacional Independente para avaliação de factos relativos a direitos humanos foi estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU através de uma resolução e pretende avaliar eventuais violações cometidas desde 2014.

O relatório acusa Maduro e outros altos responsáveis venezuelanos, como o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, de cometer crimes contra a humanidade.

O mesmo documento também sugere que tribunais fora da Venezuela, incluindo o Tribunal Penal Internacional, julguem as violações de liberdades fundamentais que foram analisadas.

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