Madeira

BE acredita que mobilidade sustentável deve antes passar pelos transportes colectivos

Paulino Ascenção criticou promoção do uso do carro eléctrico pelo Governo Regional

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A Comissão Regional do Bloco de Esquerda Madeira defendeu, esta quinta-feira, dia 24 de Setembro, que a mobilidade sustentável passar pela aposta nos transportes colectivos em detrimento do incentivo ao usos de carros eléctricos.

Neste contexto, criticou as diversas campanha de incentivo à aquisição de viaturas eléctricas, promovidas quer pelo Governo Regional, quer pelas autarquias no âmbito do 'Dia Europeu Sem Carros', assinalado no passado dia 22 de Setembro.

Setembro 'oferece' até 10 mil euros na aquisição de viatura eléctrica

Campanha de descontos dos concessionários é cumulativa ao apoio do Governo Regional

Orlando Drumond , 01 Setembro 2020 - 17:29

"O 'Dia europeu sem carros' foi assinalado esta semana enquanto decorriam várias iniciativas de promoção do uso do carro eléctrico: campanha de publicidade patrocinada pelo Governo Regional; um programa que apoia com 5 mil euros do orçamento regional os particulares na compra de um carro novo que acumulam com os 3 mil pagos pela República, exposições de viaturas eléctricas e inaugurações de postos de carregamento de baterias organizadas pelas autarquias. Uma contradição. Afinal é para incentivar ou para desincentivar o uso do carro individual?"

 O Bloco entende que apesar do carro eléctrico não emitir gases poluentes durante a condução, "não resolve nenhum dos demais problemas criados pela cultura do carro particular", como seja "o congestionamento do trânsito, o stress, a necessidade de mais arruamentos e mais estacionamentos que roubam o espaço que de outra forma estaria disponível para passeios esplanadas ou jardins".

"A mobilidade sustentável é o transporte colectivo, o carro elétrico muda um poucochinho para ficar tudo na mesma", vinca Paulino Ascenção, acrescentando que estas ajudas em Portugal "são ajudas às indústrias alemã, francesa e italiana" e "subsídios às importações que pesam negativamente no PIB – na riqueza criada na nossa economia".

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