XIX Congresso do PS-M Madeira

"Defendam a Madeira, doa a quem doer, custe o que custar"

Carlos César fez o discurso de fora para dentro, em representação do PS nacional, apelando à união dos socialistas madeirenses em torno de Paulo Cafôfo

Foto Helder Santos/Aspress
Foto Helder Santos/Aspress

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, discursou na encerramento do XIX Congresso Regional do PS-Madeira reforçando a vontade de ver um percurso vitorioso qe se espera de Paulo Cafôfo, depositando muita confiança e esperança, na apresentação de uma alternativa competente nas próximas eleições.

"Podem contar com um apoio activo dos socialistas portugueses", disse, não deixando de referir a autonomia das estruturas regionais, mas apelando à união socialista num partido que sempre trabalhou e honrou as autonomias regionais dos Açores e da Madeira.

Sem o PS, disse, "as autonomias não teriam sido consagradas na Constituição, aprovada em 1974, inclusive os estatutos provisórios e definitivos, bem como as revisões constitucionais, que dependiam sempre do voto de qualidade dos socialistas".

"Não recebemos lições de autonomismo de ninguém", atirou Carlos César, e que "queremos aprofundar" como no passado, como no presente e no futuro.

Recordou que mesmo quando os desastres financeiros levados a cabo pelo PSD na Madeira, os governos socialistas na República nunca deixaram de colocar os interesses da Madeira em primeiro lugar, apoiando a recuperação financeira desta região.

Orgulhoso do passado, que não pode ser resumido em vitórias ou derrotas, mas sim da luta de muita gente que sofreu para afirmar a democracia e a autonomia. Por isso o PS é "a única alternativa qualificada para fazer prevalecer a alternância democrática na RAM".

O dirigente acredita com Paulo Cafôfo para fazer avançar a Madeira, todos juntos, apelando assim à união dos socialistas madeirenses para fazer uma região melhor que todos precisam.

Contra todos os extremismos e união dos portugueses, de consensos, Carlos César defendeu um presidente da República nesses termos, sem apontar nomes, uma vez que haverá eleições para o próximo ano.

Perante um desafio gigantesco que é lidar com uma crise sanitária e encetar uma recuperar económica, o dirigente nacional afirmou uma verdade que é muito mais fácil destruir do que construir, apontando vários aspectos que estão na ordem do dia. Não deixou de apontar críticas ao "endividamento desnecessário" da Região Autónoma da Madeira de governos PSD, daí acreditar que a alternativa socialista é possível, apostando com critério e com valor.

"Estarão ao dispor da Madeira grandes somas de dinheiro", lembrou. "O PS tem a grande responsabilidade de não permitir a má utilização dos fundos, pois o PSD é muito expedito a pedir dinheiro mas pouco responsável a gastar e investir", frisou.

Por isso, é "natural e indispensável" que os socialistas madeirenses ponham sempre a Madeira em primeiro lugar. "Não hesitem nunca em fazer avançar a Madeira, doa a quem doer, custe a quem custar", mesmo se na República esteja um governo socialista.

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