Estamos lixados

Pois é, estamos lixados.

Vou contar uma situação que aconteceu comigo no Domingo passado.

Estava no Santo da Serra, com a minha família, todos com a máscara posta, como é devido.

Ao pé de um restaurante que lá existe, estava à espera da nossa hora para lá entrar, quando começo a olhar à minha volta.

Dentro da feira. é obrigatório o uso da máscara.

Obrigatório. Está na entrada, em todas, a informação dessa obrigatoriedade.

Estavam muitas pessoas na feira, e muitas sem máscara.

Mas, o que me fez chegar à conclusão que de facto estamos lixados, foi o que eu ouvi.

Estava uma família a passear pela feira, e dois homens, com uns 50 anos, estavam sem máscara. Ouvi a mulher de um deles a pedir para porem a máscara, mas eles recusaram. Diz um deles: não tenho medo do covid-19. E continuou a andar sem problemas.

Fiquei perplexo. Uma sensação de impotência. Porque se eu falasse alguma coisa, ainda ouvia o que não queria. Porque já aconteceu.

Porque não são só estes dois super-homens. Existem muitos mais. E aí é que está o problema.

Basta passear de noite, pelo Funchal, ao pé do Cais, para ver que poucas pessoas usam máscara. Principalmente os jovens. São todos uns super-homens.

Agora vai começar a escola. Estas pessoas que andam sem máscara, sem respeito pelo próximo, também são pais, mães, avós e avôs. E podem infectar as crianças que vão para a escola dos nossos filhos. Dos vossos filhos.

O Governo Regional, que está a fazer um excelente trabalho, pode fazer de tudo, mas enquanto houver estas atitudes, o Covid-19 está para ficar.

Gostava de acreditar num futuro risonho, mas assim, não vamos lá.

Nelson Silva

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