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Madeira

Machico vai promover as micro empresas em 2021

A promoção será feita através de uma espécie de feira, onde os empresários do concelho terão uma montra para mostrar os seus produtos e serviços

Paulo Azevedo reuniu-se esta manhã, em Machico, com o executivo liderado por Ricardo Franco. Foto DR
Paulo Azevedo reuniu-se esta manhã, em Machico, com o executivo liderado por Ricardo Franco. Foto DR

A iniciativa partiu da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas e poderá abrir-se a empresas de outros concelhos. O protocolo deverá ser assinado em breve.

A novidade foi avançada ao DIÁRIO por Paulo Azevedo, coordenador do núcleo regional da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), após o encontro que teve, esta manhã, com Ricardo Franco, presidente da Câmara Municipal de Machico, de onde saiu “bastante agradado”.

A iniciativa deverá acontecer, pela primeira vez, em Junho do próximo ano, sendo que, nos próximos dias deverá ser formalizado um protocolo entre ambas as entidades, de modo a estruturar o projecto.

Mas o encontro de hoje serviu, também, para Paulo Azevedo dar a conhecer ao presidente da Câmara de Machico aquelas que são as preocupações dos pequenos empresários do concelho, embora, ao DIÁRIO, reconheça que “esta Câmara já tomou medidas muito positivas neste período de pandemia Covid-19, cujo exemplo deveria ser seguido pelas restantes autarquias da Região”.

O coordenador regional referia-se à isenção do pagamento de taxas de que os empresários de Machico têm beneficiado desde o mês de Abril, o chamado licenciamento zero, e também à distribuição de kits com máscaras, desinfectante e luvas que foi feita pelo executivo liderado por Ricardo Franco aos empresários locais, iniciativas que terão sido levadas a cabo “sem qualquer ajuda do Governo Regional”, assegurou. A par destas medidas, foi também elogiada a isenção do pagamento de renda pelo período de quatro meses que Machico tem vindo a aplicar aos espaços que são tutelados pela autarquia.

Todas estas acções são, de resto, entendidas como “uma forma de fomentar a aposta em novas micro empresas”. Paulo Azevendo defende que “são os micro empresários que dinamizam a economia de qualquer concelho. As grandes empresas não deixam impostos nem para o concelho, nem para a Região. Por isso, nós temos de ajudar mais os micro e pequenos empresários”, conclui.

Nesse sentido, e do seu ponto de vista, a actuação da Câmara de Machico tem sido exemplar. “Esta câmara tem feito um bom trabalho com os pequenos empresários". Das visitas que tem realizado aos tecido empresarial local, Paulo Azevedo refere que as queixas vão sobretudo para o Governo Regional, nomeadamente referentes ao lay-off e à falta de apoios concretos. "Queixam-se do facto de o Governo ter de entregar o dinheiro à banca, para esta ter de o emprestar aos empresários, que ganham, isso sim, mais uma dívida mensal", adianta. E esta ideia de que os apoios deveriam ser entregues directamente aos empresários, sem ter a banca como intermediário, faz parte de uma proposta que a CPPME já fez chegar à Assembleia Legislativa regional.

Porto Santo com "empresários revoltados"

Refira-se que, na passada segunda-feira, o coordenador do núcleo regional da CPPME teve uma reunião idêntica com a Câmara Municipal do Porto Santo, lamentando o cenário de dificuldade que é vivido pelos pequenos empresários da 'Ilha Dourada'.

Da reunião com Idalino Vasconcelos e do contacto com os empresários locais, Paulo Azevedo conclui que "a situação no Porto Santo está muito pior do que na Madeira", e embora o presidente da Câmara tenha falado em satisfação dos empresários face aos apoios disponibilizados pelo Governo Regional, referindo essas ajudas já teriam chegado às empresas, "o certo é que os empresário negam já ter recebido qualquer verba", salienta. 

A falta de verbas, por parte da autarquia, para ajudar os pequenos empresários, sobretudo após o período de Verão, é algo que preocupa, ainda mais, o núcleo regional da CPPME. 

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