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Primeiro-ministro espanhol defende bloqueio parcial de Madrid

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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu hoje a decisão do seu Governo de restabelecer um bloqueio parcial de Madrid e dos municípios vizinhos, para garantir uma resposta "forte" face à evolução da pandemia, apesar da oposição das autoridades regionais.

Desde a noite de sexta-feira, e durante pelo menos 14 dias, que os habitantes da capital e de oito localidades limítrofes como Getafe, Leganés ou Alcobendas, apenas podem deixar o seu município para consultas médicas, estudar ou trabalhar.

No entanto, são livres de se deslocar no seu município para as atividades quotidianas, com algumas restrições que abrangem os restaurantes, com capacidade limitada a 50% e encerramento às 23:00.

Cerca de 7.000 polícias foram mobilizados para fazer respeitar estas medidas, sob pena de multas, no âmbito do estado de emergência sanitário decretado na sexta-feira pelo executivo de esquerda.

O Governo de Pedro Sánchez terminou desta forma um braço de ferro com o governo regional de Madrid, dirigido pelo Partido Popular (PP, oposição conservadora), que se opunha a estes bloqueios parciais por considerá-los punitivos.

"Sempre colocámos a saúde pública acima de qualquer outra consideração", declarou Sánchez na Guarda, onde participou com diversos ministros do seu Governo na 31.ª Cimeira Luso-espanhola, dedicada à cooperação transfronteiriça e à articulação de uma estratégia conjunta para a recuperação económica.

Pedro Sánchez recordou que a região de Madrid, epicentro da segunda vaga do coronavírus em Espanha, regista uma "evolução preocupante", sublinhou que não é possível "ficar de braços cruzados" e vincou a necessidade de "fornecer uma resposta clara, forte".

A Espanha é um dos países da Europa mais atingidos pelo novo coronavírus, com cerca de 33.000 mortos e mais de 861.000 casos recenseados.

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