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EUA substituem China no financiamento de central nuclear da Roménia

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Os Estados Unidos vão substituir a China no financiamento de duas novas unidades da única central nuclear da Roménia, anunciou hoje o ministério da energia romeno.

O secretário da energia norte-americano, Dan Brouillette, e o seu homólogo romeno, Virgil Popescu, assinaram, em Washington, um "acordo intergovernamental de cooperação para a extensão e modernização" de Cernavoda, de acordo com um comunicado emitido pelo departamento de energia dos EUA.

O acordo "histórico" vai permitir à Roménia "usar a experiência e tecnologia americanas, juntamente com uma equipa multinacional que irá construir os reatores 3 e 4, além de modernizar o reator número 1", indicou a mesma fonte.

O embaixador dos EUA em Bucareste, Adrian Zuckerman, acrescentou que "uma grande empresa americana, AECom, será responsável pelo projeto no valor de oito mil milhões de dólares, com o apoio de empresas romenas, francesas e canadianas", o que libertará a Roménia da "influência maligna" da China, que era suposto construir os dois reatores.

"A Roménia não tem mais de temer os perigos" colocados pelo regime comunista chinês "porque colocou um fim ao acordo que tinha com o grupo CGN", disse o embaixador.

Bucareste rompeu o acordo para a construção dos dois novos reatores com a China General Nuclear Power Corportation (CGN) em junho, numa altura em que crescia a desconfiança na Europa relativamente aos investimentos chineses.

A CGN foi a única empresa a apresentar uma candidatura à construção dos reatores 3 e 4 de Cernavoda, num concurso internacional lançado pela Roménia, em 2014, mas foi mais tarde colocada pelos Estados Unidos numa 'lista negra' de empresas acusadas de pretender roubar tecnologia norte-americana para uso militar.

A Roménia esforça-se há dez anos para iniciar o projeto de Cernavoda, mas seis empresas europeias (GDF Suez, Iberdrola, CEZ, RWE, Enel e ArcelorMittal) que em 2008 assinaram um acordo com a Nuclearelectrica, detida maioritariamente pelo Estado romeno, retiraram-se umas após outras devido às incertezas em torno do futuro da central.

Os dois reatores em operação em Cernavoda fornecem cerca de 17% do total de energia elétrica utilizada pela Roménia.

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