Desporto

Luís Araújo Pinheiro e Nuno Costa Alemão apurados para Final Mundial do WCGC em golfe

A 21.ª Final Nacional do World Corporate Golf Challenge (WCGC) Portugal realizou-se com condições complicadas devido ao vento

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Luís Filipe Araújo Pinheiro e Nuno Costa Alemão levaram a equipa da Garofalo à vitória na Final Nacional do World Corporate Golf Challenge (WCGC) Portugal e, consequentemente, ganharam o direito de representar Portugal na Final Mundial, de 11 a 15 de novembro, no Oitavos Dunes, em Cascais.

A 21.ª Final Nacional do World Corporate Golf Challenge (WCGC) Portugal caracterizou-se por condições climatéricas difíceis, com o surgimento do vento.

O Montado Hotel & Golf Resort, normalmente um autêntico cabo da boa esperança golfística, proporcionando dias prazerosos, transformou-se num verdadeiro cabo das tormentas, mas, mesmo assim, muitos dos 68 participantes lograram dobrá-lo com resultados bem positivos.

Luís Filipe Araújo Pinheiro e Nuno Costa Alemão, dois jogadores que actuaram com um bom handicap médio de 3,0, foram os “marinheiros dos tacos” que lograram dominar melhor o pesadelo, em parte também porque estão mais habituados aos caprichos meteorológicos da Serra da Carregueira.

“Somos ambos jogadores do Lisbon Sports Club e, portanto, estamos habituados ao vento”, disse Nuno Costa Alemão, um jogador que frequentemente aparece nos lugares da frente. Basta referir, por exemplo, que foi o vencedor do Ranking ACP de 2019 e este ano, no 2.º torneio do Circuito Nacional de Mid-Amateur da Federação Portuguesa de Golfe, obteve um bom 4.º lugar.

A boa notícia é que o Oitavos Dunes, palco do Open de Portugal na primeira década do século XXI, é conhecido pelos fortes ventos do Guincho.

“Há que continuar a saga dos campos ventosos. Foi no Estoril, foi neste e vai ser agora nos Oitavos, embora em Novembro possa ser que não esteja tão ventoso”, referiu de novo Nuno Costa Alemão.

A Garofalo, uma das empresas patrocinadoras do WCGC Portugal, somou 69 pontos net e bateu por 2 pontos a formação da Senivis, de Carlos Tinoco e Samuel Barros.

O terceiro lugar foi ocupado pelo conjunto n.º 2 da Turkish Airlines, com menos 3 pontos do que os campeões, constituído por António Moura Portugal e Miguel Portela Morais.

Ao todo foram 34 equipas e as 13 primeiras conseguiram somar 60 ou mais pontos, o que mostra bem o elevado nível de jogo que, apesar das dificuldades, foi exibido no bonito traçado de Jorge Santana da Silva, um dos mais credenciados arquitectos de golfe portugueses, que tem a particularidade de ter sido presidente do clube de futebol Vitória de Setúbal.

Na Final Nacional, Luís Filipe Araújo Pinheiro contribuiu com 37 pontos e Nuno Costa Alemão com 32. Só mais um jogador conseguiu igualar esse recorde da prova de 37 pontos, Bernardo Paes de Vasconcelos, que jogou pela equipa da Executive Digest, a 5.ª classificada, que contou também com o contributo de Tiago Costa.

“Uma vez mais, o meu parceiro levou-me às costas. Jogou significativamente melhor do que eu, mas combinámos dois bons resultados, sobretudo tendo em conta as condições muito difíceis, com vento lateral, o que complica mais do que vento a favor ou contra. Foi uma tarde muito bem passada, com parceiros de jogo espectaculares e só quando chegámos aqui (à cerimónia de prémios) descobrimos que tínhamos ganho”, referiu Nuno Costa Alemão.

Luís Filipe Araújo Pinheiro, por seu lado, sublinhou que “ajudámo-nos um ao outro, puxámos sempre um pelo outro e é muito importante sermos bons amigos”, ao que o parceiro acrescentou logo que “jogamos muitas vezes juntos, somos parceiros habituais, somos amigos fora do golfe, famílias e criançada inclusive”.

Em 2020 o WCGC Portugal foi composto por seis torneios: cinco etapas de qualificação e a Final Nacional. O circuito passou pelo Palmares Ocean Living & Golf no Algarve, Bom Sucesso Resort em Óbidos, Estoril Golf na grande Lisboa, Clube de Golf do Santo da Serra na Madeira e Axis Ponte de Lima no Minho.

Foi a 21.ª edição, mas a primeira sob a organização da Golftattoo Eventos e na hora dos balanços só se ouviram elogios dos campos, equipas, jogadores, patrocinadores e demais instituições envolvidas.

Os três últimos torneios já foram disputados em contexto de pandemia da COVID-19, sob as novas normas de segurança e saúde decretadas pela Federação Portuguesa de Golfe (FPG) e não houve quaisquer incidentes negativos a reportar.

“Claro que faz sentido (continuar a apoiar este circuito). O golfe tem demonstrado ser uma modalidade segura. É uma modalidade que está a crescer bastante entre novos praticantes. Estamos a verificar isso não só em Portugal, mas também noutros países, porque as pessoas percebem que é uma modalidade excecionalmente segura por haver um distanciamento social natural. Faz todo o sentido continuar-se a organizar eventos, desde que todos os participantes cumpram com as orientações, para evitarmos a propagação deste vírus”, afiançou Miguel Franco de Sousa, o presidente da FPG.

Miguel Franco de Sousa também jogou a Final Nacional, ao serviço da equipa n.º1 da Audi, com o seu vice-presidente Manuel Quinta. “A Audi também é patrocinadora da FPG e aceitei com muito gosto integrar uma das equipas deste WCGC. Correu-nos muito bem a fase de apuramento e bastante mal esta Final Nacional. Mas foi um dia bem passado, num torneio excecionalmente bem organizado e todos os envolvidos estão de parabéns”, considerou o presidente da FPG. Tudo está bem quando acaba bem. Nem os ventos no Montado assustaram a equipa da Garofalo, nem os ventos de mudança que nos trouxeram a pandemia travaram a Golftattoo Eventos".

Contudo, o seu diretor geral, Pedro Castelo Branco, na hora de colocar um ponto final na temporada de 2020, não se esqueceu dos escolhos que teve de contornar: “O balanço é, sem dúvida positivo. Estamos a falar de um ano muito especial, porque foi o primeiro ano em que tivemos a responsabilidade de organizar o evento, mas também porque foi um ano atípico. Chegou a estar em cima da mesa o cancelamento do circuito devido à conjuntura. Só pode ser positivo termos chegado ao fim com grande sucesso, como se verificou por os dois torneios realizados depois do confinamento terem tido uma adesão muito superior ao que esperávamos”.

Pedro Castelo Branco tem agora a certeza de que “esta dupla da Garofalo vai representar Portugal da melhor forma na Final Mundial. Da nossa parte vamos tentar proporcionar-lhes a melhor preparação possível. Depois, o jogo será com eles, mas são dois bons jogadores”.

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