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Cerca de 400 menores em Moria transferidos para continente grego

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Foto EPA

Cerca de 400 menores não acompanhados que estavam no campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos e que foi assolado por incêndios na semana passada, foram transferidos para o continente, anunciou hoje a Comissão Europeia.

"A nossa primeira prioridade devem ser as crianças. Todos os 406 menores não acompanhados que ainda estavam em Moria foram transferidos para o continente grego com a ajuda e apoio financeiro da Comissão. E fizemo-lo no primeiro dia" após os incêndios neste campo de refugiados, declarou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.

Falando num debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, a responsável notou que foi possível, nos últimos meses, reduzir o número destas crianças em Moria, que passaram de "1.200 menores não acompanhados para cerca de 400", sendo que também estes últimos "foram agora transferidos para um lugar seguro" na zona continental da Grécia.

"Posso anunciar, também, que os menores não acompanhados nas outras ilhas também serão transferidos para um local seguro", declarou Ylva Johansson perante os eurodeputados, numa alusão a outros campos de refugiados.

"E já começámos, como sabem, a deslocalização de menores não acompanhados para outros Estados-membros. Agora vamos intensificar esta coordenação e dar continuidade a esta deslocação, de menores desacompanhados", concluiu a comissária europeia.

Fonte do executivo comunitário revelou que serão agora transferidos 250 menores destes campos.

Na semana passada, o campo de migrantes de Moria, em Lesbos, o maior da Europa, inaugurado há cinco anos no auge da crise migratória, foi totalmente destruído por incêndios, deixando os seus 12 mil ocupantes desabrigados.

Campo de refugiados em chamas na Grécia

Há milhares de desalojados em Lesbos

Agência Lusa , 09 Setembro 2020 - 08:30

Cerca de 800 migrantes, entre os milhares que ficaram desabrigados após o incêndio no campo de Moria, foram instalados no centro temporário erguido de urgência pelas autoridades gregas na ilha de Lesbos, informou o Ministério das Migrações grego.

A maioria das pessoas que ficou desabrigada dorme nas ruas, calçadas, campos ou em prédios abandonados. Os migrantes recusam-se a ir para o novo acampamento criado nas proximidades de Moria, temendo não poderem deixar a ilha uma vez lá dentro.

O campo de Moria foi criado em 2015 para limitar o número de migrantes provenientes da vizinha Turquia para a Europa.

Mais de 12 mil pessoas viviam no campo, incluindo 4 mil crianças.

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