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Santander perde mais de 10 mil milhões no 1.º semestre

Prejuízo ficou a dever-se à actualização do valor das filiais

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O Banco Santander registou perdas recordes de 10.798 milhões de euros no primeiro semestre do ano, ao atualizar o valor das filiais no Reino Unido, EUA e Polónia, o que levou a um prejuízo de 12.600 milhões de euros.

O ajuste nas filiais ocorre após a atualização do valor dos fundos de comércio e dos créditos tributários, mas é um lançamento que não afeta a liquidez ou o capital do grupo, cuja solvência em "capital de qualidade" (CET1) sobe para 11,84%.

Contudo, de acordo com as informações enviadas hoje ao supervisor da bolsa de valores, o lucro líquido semestral, antes dos ajustes acima mencionados, foi positivo em 1.908 milhões de euros, 52,8% menos que no mesmo período de 2019, devido ao efeito da crise do coronavírus.

A presidente do Santander, Ana Botín, manifestou-se "muito orgulhosa" do comportamento da entidade bancária e dos seus funcionários neste semestre, o mais difícil da sua história devido ao impacto do coronavírus, e anunciou a sua intenção de pagar um dividendo "script", em ações, correspondente a 2019, de 0,10 euros por título, apesar das recomendações contra do BCE.

"O conselho pretende aplicar uma política de 100% de dividendos em dinheiro assim que as condições do mercado voltarem ao normal, sujeitas a recomendações e aprovações regulatórias, e reservámos capital neste trimestre para o poder fazer", disse.

Na Europa, o lucro caiu 54,3%, para 1.075 milhões, após o aumento nas provisões devido à expectativa de deterioração macroeconómica.

Em Espanha, o lucro foi de 251 milhões, 64% menos, devido à menor receita financeira e a maiores provisões, parcialmente compensadas pela redução de custos.

Lucros do Santander Totta caem 37% para 172,9 ME até Junho

O Santander Totta teve lucros de 172,9 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma redução de 37,3% face ao mesmo período do ano passado, divulgou hoje o banco em comunicado.

Entre janeiro e junho, o produto bancário foi de 659,4 milhões de euros, menos 6,3% face a período homólogo, tendo as comissões líquidas descido 5% para 183,1 milhões de euros e a margem financeira caído 6,9% para 399,3 milhões de euros.

O banco detido pelo grupo espanhol Santander atribui a queda da margem financeira à "descida das taxas de juro do crédito, num contexto concorrencial ainda elevado e de diminuição da procura de crédito por empresas fora do âmbito das linhas com garantia do Estado", assim como à gestão da carteira de dívida pública.

Já a diminuição das comissões é justificada com os efeitos da atual crise pandémica, desde logo com a "redução das comissões sobre crédito e os impactos da suspensão de um conjunto de comissões, no âmbito das medidas de apoio às empresas e às famílias".

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