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PIB italiano pode contrair-se 10% no primeiro semestre

Foto EPA/CIRO FUSCO
Foto EPA/CIRO FUSCO

A covid-19 atingiu “o coração” da economia italiana e provocará uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 10% no primeiro semestre do ano, segundo estimativas da patronal italiana Confindustria.

A organização industrial publicou hoje um relatório sobre a evolução da economia italiana em 2020 e 2021 no qual sublinha que “nunca antes na história da República se enfrentou uma crise de saúde, social e económica destas proporções”.

No relatório é indicado que a queda estimada do PIB no segundo trimestre do ano será de cerca de 10% face ao valor final de 2019, quando se cifrava em 430.000 milhões de euros.

O documento refere-se à pandemia da covid-19, que já contagiou mais de 100.000 pessoas e provocou 11.591 mortos, além de ter bloqueado todo o país, com lojas fechadas e as pessoas confinadas em casa e atingiu especialmente o norte industrializado.

A Confindustria adverte que só com investimentos em apoios aos cidadãos e às empresas por parte do Governo “a recessão atual não se converterá numa depressão económica prolongada”.

O relatório refere que, desde que a pandemia seja controlada no primeiro semestre, a recuperação durante a segunda metade de 2020 será lenta, travada pela fragilidade da procura de bens e serviços.

Se o estado de emergência for levantado antes de maio, a Confindustria acredita que Itália registará uma contração total de 6% do PIB no final do ano, algo completamente imprevisível há três meses.

Cada semana que as atividades produtivas, as fábricas, continuem fechadas por ordem do Governo (exceto algumas consideradas essenciais e estratégicas) poderia custar uma queda do PIB de 0,75%.

“A economia italiana foi atingida no coração” desde que em finais de fevereiro começou a crise da covid-19 italiana, sublinha a patronal.

É um autêntico “choque” que afeta tanto a oferta como a procura já que o país foi fechado para evitar contágios.

A Confindustria insiste na necessidade de “mobilizar recursos” para um plano de recuperação económica e social quando tudo passar, pois teme uma depressão que derivará num “aumento dramático do desemprego e num colapso do bem-estar social”.

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