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Exportações do têxtil e vestuário caem 15% até Abril com “forte impacto” da pandemia

Foto NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA
Foto NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

As exportações portuguesas de têxteis e vestuário caíram 43% em abril face ao mesmo mês de 2019, acumulando uma quebra homóloga de 15% desde ó início do ano devido ao “forte impacto” da pandemia, divulgou hoje a associação setorial.

Segundo os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e tratados pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), nos primeiros quatro meses deste ano o valor exportado pelo setor ficou em 1.527 milhões de euros, menos 15% face ao mesmo período de 2019.

“A única categoria de produtos que não esteve em queda nas exportações foi a de pastas, feltros e artigos de cordoaria, tendo registado um crescimento de 7,7%”, nota.

Em termos de destinos, os não comunitários tiveram “um melhor desempenho” no quadrimestre (+26%), liderados pelos Estados Unidos, destino que registou o maior crescimento absoluto: acréscimo de 2,8 milhões de euros (+2,5%).

Já as exportações para destinos comunitários caíram 23%, com destaque para Espanha (menos 140 milhões de euros, equivalente a uma queda de 26%), e França (menos 27 milhões de euros, ou seja, menos 11%).

Inversamente, para a Dinamarca, Portugal exportou mais 1,7 milhões de euros de têxteis e vestuário, correspondendo a um aumento de 6,7%.

Em queda estiveram também as importações, que recuaram 34% em abril e 15,5% no quadrimestre em termos homólogos.

Segundo a ATP, a balança comercial dos têxteis e vestuário apresenta um saldo de 289 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 123%.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 406 mil mortos e infetou mais de 7,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.485 pessoas das 34.885 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

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