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Madeira

Covid-19 com impacto alto ou médio em 85% das empresas da Madeira

Estudo da Informa D&B mostra que as empresas regionais estão em segundo lugar (41%) nas que sofrem mais com a crise

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

Um estudo da Informa D&B sobre a Covid-19 e o seu “Impacto na Economia Portuguesa”, num “Retrato do Tecido Empresarial”, mostra que “mais de 100 mil empresas portuguesas têm uma forte exposição”, sendo que os “sectores com ligação ao turismo são os que mais sofrem” e o “Algarve e a Madeira são as regiões com maior número de empresas em sectores com alto impacto”.

Saliente-se neste estudo que 41% das empresas madeirenses são as que estão no grupo de impacto alto, mas também 44% estão no grupo de médio impacto e apenas 15% estão no grupo de baixo impacto.

Comparando com as outras regiões, no grupo de risco alto de sofrer com esta crise sanitária e económica, só mesmo o Algarve tem maior percentagem de empresas (42%) e a seguir à Madeira vem o Norte (38%), região essa que tem maior peso no número de empresas analisadas (200 mil). Da Madeira são apenas 12 mil do tecido empresarial, sendo a região que tem menor percentual de empresários em nome individual (ENI), apenas 17% a par da Área metropolitana de Lisboa.

Aliás, é na região a que pertence a capital do país que está o maior peso de empresas que de alto e médio impacto, 86% (33% de alto e 53% de médio), enquanto a Madeira vem logo a seguir com os tais 85% que mais estão ou vão sofrer com a Covid-19.

Quatro sectores mais representados

“Mais de 100 mil empresas portuguesas têm uma forte exposição ao impacto da Covid-19, estando a sua grande maioria muito concentradas em 4 setores - Alojamento e restauração, Retalho, Transportes e Serviços gerais. Se às empresas se juntarem os Empresários em Nome Individual, o número supera as 200 mil entidades em sectores com impacto alto”, conclui a Informa D&B.

Após analisar “os impactos nas 853 actividades económicas da CAE com o objectivo de fornecer aos vários decisores, informação que lhes permita gerir melhor os riscos associados à actual situação das empresas, numa altura em que a pandemia do novo Coronavírus atingiu de forma tão contundente o tecido económico”, justifica o objectivo do estudo, baseado “na análise qualitativa dos impactos em cada um dos sectores”, a Informa D&B “desenvolveu um indicador de impacto sectorial que permite classificar o grau de exposição de cada sector (alto, médio, baixo) e consequentemente de cada empresa”.

“Destas 853 actividades económicas, 204 registam impacto alto, 195 impacto médio e 454 impacto baixo. Porém, estas 204 actividades com impacto alto concentram cerca de um terço de todas as empresas portuguesas, sobretudo dos 4 sectores assinalados”, frisou.

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