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Coronavírus País

Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo para reforçar SNS

Foto Pedro Correia/Global Imagens
Foto Pedro Correia/Global Imagens

Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo do bastonário da ordem para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante a pandemia de covid-19, anunciou a Ordem dos Médicos (OM).

Numa nota enviada às redações, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, diz que a listagem de médicos para reforçar os cuidados de saúde tem vindo a ser partilhada com o Ministério da Saúde e pede que os serviços se organizem para permitir mais equilíbrio entre os períodos de trabalho e descanso dos médicos.

“É urgente que estes médicos, que prontamente responderam a este apelo humanista e solidário, tenham uma resposta e que se organizem os serviços a contar também com o seu apoio, permitindo um melhor equilíbrio entre períodos de trabalho e descanso”, sublinha.

Na nota, o bastonário lembra que tinha escrito aos médicos, pedindo, especialmente aos que saíram do SNS ou se reformaram, que considerassem a hipótese de fazerem mais horas, ou de regressarem para colaborar “no âmbito das suas competências e conhecimentos ou no apoio direto à covid-19”.

“Recebemos mais de 4.500 respostas positivas de médicos disponíveis para ajudar o nosso país numa altura de emergência de saúde pública internacional. Os médicos sempre estiveram ao lado dos doentes em momentos muito difíceis e jamais o deixariam de fazer perante uma pandemia que está a apresentar um desafio imenso para todos os países”, afirma.

Miguel Guimarães agradece a solidariedade dos médicos, sublinhando que “não é fácil estar no terreno em alturas de grande incerteza” e em que se arrisca a própria vida, deixando as famílias para trás.

O bastonário reforça a urgência de todos os profissionais de saúde, e outros profissionais que também estão na linha da frente do combate à covid-19, tenham acesso a equipamentos de proteção adequados.

Na carta que tinha enviado aos médicos, Miguel Guimarães recordava que o novo coronavírus é uma pressão acrescida num SNS “alvo de grande desinvestimento ao longo dos últimos anos”.

“Ser médico é estar na linha da frente nos momentos difíceis e tentar influenciar favoravelmente o rumo dos graves problemas que assolam a nossa população, com espírito de solidariedade e grande sentido humanista para com a nossa sociedade e, acima de tudo e sempre, para com os nossos doentes”, lembrava o bastonário.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados de covid-19 foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência até ao final do dia 02 de abril.

Segundo os últimos dados divulgados pela DGS, em Portugal há 60 mortes associadas à doença e 3.544 infeções confirmadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

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