Madeira

PCP defende debate na Assembleia sobre situação económica e social da Madeira

Uma conclusão saída hoje da reunião da Direcção Organização da Região Autónoma da Madeira

None

O deputado do PCP, Ricardo Lume, defendeu que seja realizado um debate com carácter de urgência na Assembleia Regional sobre a situação económica e social. Uma conclusão saída hoje da reunião da Direcção Organização da Região Autónoma da Madeira (DORAM).

Na oportunidade, manifestou a sua preocupação face aos crescentes factores de agravamento das injustiças sociais, da pobreza e do risco de pobreza na Região Autónoma da Madeira.

Em 2020, a situação social e económica desta Região apresenta índices de pobreza dos mais elevados do País, agora com uma espiral de agravamento com reflexos num tecido social marcado pela vasta precaridade no emprego e pelos baixos salários.

Segundo Ricardo Lume, as profundas desigualdades sociais e a injustiça social têm levado ao encerramento de muitas empresas, assim como ao aumento exponencial do desemprego e da pobreza.

Bem revelador do galopante processo de agravamento da situação económica e social na RAM é o número de desempregados na Madeira que subiu 26% em agosto de 2020. Os dados publicados em setembro de 2020 pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) dizem que a RAM registou um aumento de 26,6% no número de desempregados, relativamente ao período homólogo. Na prática, são mais 3 975 pessoas em situação de desemprego. 

Segundo o deputado do PCP, "a epidemia tem contribuído para evidenciar fragilidades estruturais da RAM e revela constrangimentos, como coloca problemas e desafios, que precisam de ser enfrentados para que não prevaleça uma política de retrocesso e empobrecimento".

"Torna-se imperioso fazer opções de fundo, de modo a que não se aprofundem ainda mais as fundas desigualdades e não sejam agravadas as dificuldades económicas e sociais. Uma realidade que é indissociável do aproveitamento que os grupos económicos têm feito da covid-19, com expressão concreta no ataque aos direitos dos trabalhadores, no aumento da exploração, em cortes nos já baixos salários, perda de rendimentos, na destruição de postos de trabalho e no despedimento selvagem de milhares de trabalhadores", sustentou.

Fechar Menu