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Mulher acusada de esfaquear marido em Esposende diz que foi um acidente

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Uma mulher residente em Esposende e acusada por esfaquear o marido nas costas quando ele dormia alegou hoje, no início do seu julgamento, que o ofendido terá caído acidentalmente sobre uma faca, contou uma fonte ligada ao processo.

Os factos remontam à madrugada de 11 de abril de 2018, no interior da residência do casal, nas Marinhas, concelho de Esposende, distrito de Braga, e terão tido origem numa desavença conjugal.

Segundo a fonte, a mulher, uma cidadã colombiana de 33 anos, confirmou à Instância Central Criminal da Comarca de Braga que os dois se envolveram numa discussão após um jantar em que terão exagerado na bebida.

A versão da arguida, descrita pela fonte, foi a de que, já na habitação do casal, ela pegou numa faca para descascar uma maçã e que, num momento posterior, o homem terá caído sobre essa mesma faca, em circunstâncias que não soube reconstituir com precisão.

Disse mesmo que amava o marido e asseverou que foi a primeira a chamar os serviços de emergência.

Já o ofendido, um português de 40 anos, afirmou ter sido agredido com a faca pela mulher, secundando assim a tese do Ministério Público (MP), que acusa a arguida de homicídio qualificado, na forma tentada.

Acrescentou que a mulher começava a ficar muito agressiva, sempre que exagerava na bebida.

O MP refere na acusação que, depois da discussão, o homem "recolheu-se a um quarto, acabando por adormecer sobre uma cama, de barriga para baixo".

A mulher atingiu-o então nas costas com uma faca de gume serrilhado e desferiu um golpe, "com força e de cima para baixo".

A faca ter-se-á partido ficando uma parte da lâmina espetada nas costas das vítima, que "só não morreu mercê da pronta assistência médica que lhe foi prestada", segundo o MP.

A mulher foi detida pela Polícia Judiciária de Braga no dia seguinte ao crime e um juiz de instrução criminal colocou-a então em prisão preventiva.

O julgamento prossegue no dia 23, esperando-se testemunhos, entre outros, de agentes da Polícia Judiciária e de uma jovem, filha do ofendido mas não da arguida, que reclama ter sido ela a chamar os serviços de emergência.

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