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Marcelo recusa pronunciar-se sobre ideia de auditoria ao Novo Banco

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou hoje pronunciar-se sobre a ideia, sugerida pelo presidente do PSD, Rui Rio, de o Tribunal de Contas (TdC) realizar uma auditoria ao Novo Banco.

"Eu não me pronuncio sobre questões concretas. Sobretudo porque há outras soluções em cima da mesa que estão relacionadas com o Parlamento, comissões parlamentares de inquérito e com outras formas de auditoria, isso serão os senhores deputados, será a Assembleia da República e o Governo a ponderar e decidir", afirmou, à margem de uma visita aos Clérigos, no Porto.

O presidente do PSD sugeriu que seja realizada uma auditoria ao Novo Banco por uma instituição pública como o Tribunal de Contas (TdC) e disse estar disponível para aprovar a proposta de comissão de inquérito feita pelo Bloco de Esquerda.

Em entrevista ao programa Polígrafo da SIC Notícias, na segunda-feira à noite, Rui Rio defendeu ainda que o Estado não deveria colocar "nem mais um tostão" no Novo Banco enquanto não conferir "a conta corrente" que tem com esta instituição, embora admitindo que os contratos são para cumprir.

"O que temos de fazer é arranjar uma instituição pública, talvez o Tribunal de Contas, que faça auditoria que nos inspire confiança", afirmou, desvalorizando a auditoria recentemente realizada pela consultora Deloitte.

Já hoje, os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) rejeitaram o requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para divulgação pública imediata e integral do relatório de auditoria especial ao Novo Banco enviado pelo Governo ao parlamento.

O requerimento foi rejeitado com os votos contra de PS e PSD, abstenção de CDS-PP e Iniciativa Liberal (deputado único) e favoráveis de PCP e BE.

Em 01 de setembro, o Governo (Ministério das Finanças) enviou ao parlamento a auditoria ao Novo Banco (realizada pela consultora Deloitte) com a menção de 'confidencial'.

Entretanto, também o Novo Banco enviou o relatório da auditoria, mas expurgando de matérias que considerou confidenciais (são cerca de 17 páginas com informação truncada, com nomes de devedores e operações que deram origem a perdas significativas), sendo esta versão da auditoria a que foi publicada pelo parlamento.

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