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Migrações Canárias exigem ao Governo central espanhol mais meios para acolhimento

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EPA/SASCHA STEINBACH

As autoridades regionais das Canárias, arquipélago espanhol situado ao largo da costa noroeste africana, exigiram que o Governo central espanhol disponibilize mais meios para o acolhimento dos migrantes irregulares que estão a chegar ao território.

Segundo o porta-voz do executivo regional, Julio Pérez, os migrantes que têm chegado ao arquipélago estão atualmente instalados em centros educativos, em residências escolares e em escolas especializadas na formação agrícola, estruturas que no início do ano escolar terão de retomar as suas atividades.

Nesse sentido, o executivo regional pede ao Estado espanhol que faça um esforço para aumentar o número de centros de acolhimento nas Canárias, defendendo ainda que o Governo central deve facilitar o "fluxo do tráfego" para o território continental espanhol, que é o destino preferencial da maioria dos migrantes.

Este apelo do executivo regional das Canárias surge um dia depois de as autoridades terem encontrado uma embarcação perto deste arquipélago que tinha a bordo vários corpos de migrantes.

O serviço de salvamento marítimo espanhol indicou ter contabilizado entre oito e 10 corpos.

A rota da África Ocidental em direção às Ilhas Canárias é conhecida por ser extremamente perigosa, mas nos últimos tempos tem atraído cada vez mais migrantes que desejam chegar ao território europeu.

A pressão exercida pelos países abrangidos pelas rotas migratórias do Mediterrâneo, nomeadamente com o bloqueio de embarcações, também tem contribuído para o aumento do fluxo nesta via.

Desde agosto de 2019, pelo menos 357 migrantes morreram ao tentar chegar às Ilhas Canárias, de acordo com as Nações Unidas.

O Ministério do Interior de Espanha informou na quarta-feira que as Canárias receberam, durante o corrente mês, 312 migrantes e que entre 115 e 117 pessoas foram dadas como mortas ou desaparecidas quando tentavam chegar a estas ilhas.

Durante este ano, e até à data, 3.448 migrantes em 144 barcos chegaram a este arquipélago, acima dos 556 totalizados em igual período do ano anterior, indicou ainda o ministério.

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