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Argélia mobiliza-se após aumento do número de casos

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O Presidente argelino Abdelmadjid Tebboune preside hoje a uma reunião de trabalho para analisar o aumento dos casos da covid-19, quando o país do Magrebe mais afetado pela pandemia se aproxima da barreira simbólica dos 1.000 mortos.

Cinco 'walis' (municípios) das regiões mais atingidas -- Argel, Oran (noroeste), Biskra (nordeste), Sétif (leste) e Ouargla (sul) -- participam nesta reunião ao lado do primeiro-ministro Abdelaziz Djerad, dos chefes os serviços de segurança e dos membros do comité científico de acompanhamento da evolução da pandemia, que depende do ministério da Saúde, indicou a agência noticiosa oficial APS.

Na quinta-feira, as autoridades ordenaram o reconfinamento de duas localidades da 'wilaya' de El Kala, junto à fronteira com a Tunísia, dois dias após uma decisão similar relacionada com 18 povoados da 'wilaya' de Sétif.

Segundo as autoridades, este aumento dos casos de contaminação deve-se ao "relaxamento" da população e ao "não respeito" pelas regras de prevenção e proteção.

O uso da máscara é obrigatório desde 24 de maio e os infratores estão sujeitos a pesadas multas. No entanto, numerosos argelinos continuam a rejeitar o uso da máscara e as medidas de distanciamento social.

Um mês após as primeiras medidas de desconfinamento, o Governo exigiu no final de junho um endurecimento das sanções contra os infratores e instruiu as autoridades locais a procederam e um "confinamento alvo" das localidades e bairros que sejam considerados focos de infeção.

No total, cerca de 17.500 casos da covid-19 foram oficialmente declarados na Argélia desde o registo da primeira infeção em 25 de fevereiro, com 978 mortos.

Os profissionais da Saúde, na primeira linha desde há messes e que não cessam de emitir apelos à responsabilidade da população e exigem mais meios e condições às autoridades, estão a pagar um elevado preço, indica a agência noticiosa AFP.

O professor Abdelkrim Soukehal, membro do comité científico, anunciou na quarta-feira que 1.700 membros do pessoal de saúde, de todas as áreas, já foram contaminados, com um balanço de 31 mortos, incluindo quatro médicos esta semana.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 549 mil mortos e infetou mais de 12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (132.309) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,04 milhões).

Seguem-se Brasil (67.964 mortes, mais de 1,71 milhões de casos), Reino Unido (44.517 mortos, mais de 286 mil casos), Itália (34.914 mortos e quase 242 mil casos), México (32.796 mortos, mais de 275 mil casos), França (29.936 mortos, mais de 206 mil casos) e Espanha (28.396 mortos, mais de 252 mil casos).

A Índia, que contabiliza 21.129 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 767 mil, seguindo-se a Rússia, com mais de 706 mil casos e 10.825 mortos.

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