A sociedade anónima desportiva do Marítimo interpôs, anteontem, no Juízo Central Cível do Funchal, duas acções de valores significativamente elevados contra a sua homóloga do Futebol Clube do Porto relacionadas com litígios em transferências de jogadores. Num dos processos são reclamados 5 milhões de euros e noutro cerca de 1,3 milhões de euros.

O DIÁRIO não conseguiu apurar quais os negócios em causa. Mas há duas transferências do Marítimo para o FC Porto que originaram litígios, com valores idênticos ou aproximados daqueles que estão em causa nestes dois processos. Cinco milhões de euros foi precisamente o montante da indemnização que o clube madeirense reclamou pela transferência do avançado brasileiro Kléber para o FC Porto em 2011. Em Fevereiro de 2013 a Comissão Arbitral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional decidiu que os dragões não tinham de pagar qualquer indemnização. No entanto, nove meses depois, o tribunal cível do Porto anulou essa decisão, deixando caminho aberto ao Marítimo para voltar a exigir uma compensação financeira.

No âmbito da mesma transferência, o Tribunal Arbitral do Desporto condenou o clube madeirense a pagar ao Atlético Mineiro, antigo clube do jogador no Brasil, 1,55 milhões de euros.

O outro litígio entre Marítimo e FC Porto é ainda mais antigo. Teve a ver com a transferência de Pepe para o clube nortenho e depois para o Real Madrid. Durante algum tempo, o clube madeirense reclamou de uma prestação que alegadamente estaria em atraso.

Este é um assunto que o DIÁRIO desenvolverá amanhã, na edição impressa.