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Boa Vida

O regresso dos livros: 9 lançamentos de Julho

A actividade editorial esteve parada cerca de dois meses por causa da covid-19 e foi retomada no início de Junho. Em Julho há vários lançamentos de livros em Portugal, alguns dos mais esperados do ano. Na Hora da Boa Vida desta quarta-feira, o DIÁRIO sugere 9 livros que acabaram de (ou estão quase a) chegar às lojas.

Mercado do Livro no Palácio da Bolsa, Ana Fonseca/Global Imagens

 ‘Os Vivos e os Outros’, é o novo romance de José Eduardo Agualusa e já está à venda desde a última sexta-feira. É uma das novidades mais esperadas para os seguidores da actividade livreira, como é também ‘Uma Ida ao Motel e outras histórias’, de Bruno Vieira Amaral, à venda desde o mesmo dia. Ambos foram publicados pela Quetzal.

José Eduardo Agualusa, escreve a editora, “nunca foi tão longe no lirismo da sua prosa – nem, ao mesmo tempo, no desenho de personagens tão reais que parecem inventadas. Para onde vamos depois do fim? Talvez para uma pequena ilha, pois, como diz uma das personagens deste romance, “depois que o mundo acabar, recomeçará nas ilhas”. Daniel Benchimol, personagem de 'A Sociedade dos Sonhadores Involuntários' e 'Teoria Geral do Esquecimento', regressa logo na primeira página do novo livro de Agualusa. O cenário é o da beleza única e mágica da Ilha de Moçambique – onde decorre um festival literário que reúne três dezenas de escritores africanos que, na sequência de uma violentíssima tempestade no continente (e de um evento muito mais trágico, que só depois se revelará), permanecerão totalmente isolados durante sete dias. A história segue para uma série de estranhos e misteriosos acontecimentos, que colocam em causa a fronteira entre realidade e ficção, passado e futuro, a vida e a morte, e inquietam os escritores e a população local.

Já em ‘Uma Ida ao Motel e outras Histórias’, Bruno Vieira Amaral escreve sobre o mundo ao redor de Lisboa, a Margem Sul, as famílias dos bairros suburbanos, pessoas perdidas, com vidas amargas que raramente aparecem nas páginas dos jornais a não ser para ocuparem espaço nas secções de crime ou das tragédias familiares: mulheres e homens que conhecem a pobreza, os transportes suburbanos, os sonhos que nunca se realizam, as famílias desfeitas, os amores impossíveis - e os desejos sem nome.

A Bertrand também já publicou, nos primeiros dias do mês, ‘Os Guardiões’ de John Grisham. O autor, licenciado em Direito e que abandonou a profissão para dedicar-se exclusivamente à escrita, arranca a história com o homicídio de um advogado. Keith Russo estava no seu gabinete, era tarde, o assassino não deixou pistas. Não havia testemunhas, nenhum suspeito, ninguém com um motivo. A polícia depressa se focou em Quincy Miller, um jovem negro que tinha sido cliente de Russo, e prendeu-o. Keith Russo foi assassinado por gente implacável que não quer que Quincy seja libertado.

Pela Relógio d’Água saem os 'Primeiros Contos e Outros Contos', de Agustina Bessa-Luís (com prefácio de Mónica Baldaque, da filha da escritora). A mesma editora publica ainda estes mês ‘A Ladra de Fruta’, de Peter Handke, ‘Como a Água Que Corre’, de Marguerite Yourcenar ou ‘Mary Ventura e o Nono Reino’, de Sylvia Plath, entre outros.

A Edições 70 lança, a 23 de Julho, um dos destaques da editora em 2020, a autobiografia de Woody Allen. Antes, sai  ‘Quando os Bispos se Reúnem’, um estudo de John W. O’Malley sobre a evolução da Igreja Católica, comparando os concílios de Trento, Vaticano I e Vaticano II.  O autor, descreve a editora, percorre mais de 450 anos de história e examina as preocupações mais insistentes dos concílios: questões de missão, poder e relevância num mundo em constante evolução. Ao oferecer perspectivas novas, radicais e até perturbadoras sobre estas assembleias, Quando os Bispos se Reúnem é uma análise da evolução da própria Igreja.

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