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Visita Presidencial Madeira

Debate da Semana analisa vinda de Marcelo à Madeira

António Trindade, Ricardo Vieira e Miguel de Sousa, comentadores do programa Debate da Semana, promovido pela TSF-Madeira e liderado por leonel de Freitas, analisaram a vinda de Marcelo Rebelo de Sousa à Madeira, este fim-de-semana.

Ricardo Vieira foi o primeiro a intervir e falou em “má consciência” da parte de Marcelo Rebelo de Sousa, pois foi a Ovar e não tinha vindo à Região. O advogado diz que seria bom que Marcelo trouxesse algumas das medidas que a Madeira mais precisa, nomeadamente uma via de diálogo frutífero entre a República e a Região.

Miguel de Sousa diz que esta visita é mais uma “ao estilo de Marcelo Rebelo de Sousa” e entende que o Presidente da República deveria estar solidário com a necessidade de um entendimento entre o Estado e as Regiões Autónomas, pois “estar de costas voltadas por questões partidárias dificulta muito este relacionamento”. Considera ainda que Marcelo é “o único” capaz de forçar um entendimento e alguma aproximação entre o Estado Nacional e os presidentes das Regiões Autónomas.

António Trindade considera fundamental para esta Região “encontrarmos pontes” e acredita que Marcelo “pode trazer um compromisso enorme ao relacionamento entre a Madeira e o país”, pois “é o principal embaixador para esse papel”. O hoteleiro diz ainda que este é o momento de “avaliar as grandes preocupações sectoriais da Madeira.”

A TAP foi outro tópico debatido. Sobre esta matéria, Miguel de Sousa defende uma transportadora pública, assim como a ANA não deveria ser dos franceses. Acha estranha esta solução da continuação do Empresário Pedrosa com apenas 22.5%, porque “vai perder o dinheiro todo numa empresa pública”.

Ricardo Vieira recordou as palavras de Costa que afirmou que esta solução “vai doer”, primeiro aos trabalhadores, com a diminuição de rotas e de pessoal, e depois aos utentes e às pessoas que precisam da TAP.

Fala em “decisões tontas” tomadas ao longo dos tempos e enaltece a importância da transportadora Aérea Portuguesa para as comunidades e as Regiões Autónomas. Considera que a TAP tem dois tipos de serviço que não se conciliam. Por um lado, tem a obrigação de um serviço público e é uma companhia que entra em concorrência com as outras em todos os outros mercados. “olhar para as Regiões Autónomas como se olha para o mercado do Brasil ou o mercado americano não tem muta lógica”, refere.

Para António Trindade, o conceito de serviço público é algo que deve ser estabelecido entre o Estado e o cidadão.

Lamenta que não tenha havido a exigência à TAP da prestação de serviços mínimos e a exigência de horários. Uma transportadora de bandeira deveria posicionar-se na lógica da oferta para a procura e não numa perspectiva da procura para a oferta. Ou seja, é a Madeira no seu todo, que se coloca perante o mercado numa lógica de oferta em relação à procura.

Recorde-se que este programa é emitido às sextas-feiras, às 19 horas, na antena da TSF-Madeira (100 FM), com reposição aos sábados, ao meio-dia.

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