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Bolsonaro acusado de genocídio no Tribunal Penal Internacional

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Foto EPA

Mais de 60 sindicatos e movimentos sociais, a maioria de profissionais de saúde, responsabilizam o Presidente por "falhas graves e mortais" na condução da pandemia de covid-19 no Brasil, que soma mais de 86 mil mortos e quase 2,4 milhões de infectados.

A notícia foi avançada pela imprensa brasileira.

O documento de 64 páginas, que o Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia (Holanda), recebeu, este domingo, pede que Bolsonaro seja condenado por genocídio e crime contra a humanidade, tanto por incentivar acções que aumentam o risco de proliferação do vírus como por se recusar a implementar políticas de protecção para minorias.

"A materialidade dos crimes cometidos está devidamente confirmada, vez que se denota do exposto que as acções e omissões do senhor Presidente da República afectam de forma grave, a saúde física e mental da população, colocando-a a situação de risco à um vírus de alta letalidade e, com capacidade de disseminação incontrolada com risco de morte ou sequelas irreversíveis. Esse comportamento irresponsável e afrontoso às orientações das autoridades internacionais de saúde, com a exposição de milhões de pessoas é crime contra a humanidade", refere denúncia citada pelo Globo.

Os autores da denúncia argumentam que Bolsonaro "colocou e ainda coloca os profissionais de saúde bem como toda a população em risco, ao promover aglomeração de seus apoiantes, aproximando-se deles sem máscara, e fazendo propaganda de medicação, como a hidroxicloroquina, para a qual não há comprovação científica de sua eficácia contra a doença".

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado por genocídio relacionado com os povos indígenas. É, aliás, a quarta. Outras três denúncias pediram já uma investigação à sua actuação face à pandemia, em Haia.

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