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EUA aplicam sanções económicas a dois "parceiros de confiança" de Maduro

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Foto AFP

O Governo dos Estados Unidos anunciou hoje a aplicação de sanções económicas a dois "parceiros de confiança" do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e do seu filho, por apoiarem "atividades corruptas" do "regime ilegítimo" venezuelano.

"Apesar do sofrimento do povo venezuelano, o regime ilegítimo de Maduro concentra os seus esforços em manter o poder. Os Estados Unidos estão comprometidos na perseguição a indivíduos que apoiam ou permitem que o regime continue a ignorar o bem-estar do povo venezuelano", destacou o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, através de um comunicado.

Segundo noticia a agência EFE, os visados nas sanções económicas são os irmãos Santiago José Morón Hernández e Ricardo José Morón Hernández.

Ambos são vistos como "parceiros de confiança" do Presidente da Venezuela e do seu filho, Nicolás Maduro Guerra, dedicando-se a distribuir ativos financeiros do governante por todo o mundo, atuando ainda como 'testas-de-ferro' nos negócios deste, acusou o Departamento do Tesouro.

Os Estados Unidos consideram que os dois venezuelanos, juntamente com o filho do Presidente daquele país sul-americano, são "figuras centrais" na industria do ouro da Venezuela, dedicando-se à venda ilegal daquele metal precioso.

Como consequência das sanções anunciadas, os ativos financeiros dos visados sob jurisdição norte-americana ficam bloqueados, e ficam ainda proibidos de qualquer tipo de transação financeira com entidades dos EUA.

Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tinha anunciado uma recompensa de cinco milhões de dólares (4,3 milhões de euros) pela troca de informações que permitam a detenção do presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, figura ligada ao 'chavismo'.

Num comunicado, o secretário de Estado norte-americano acusou também Moreno e a sua mulher de estarem envolvidos numa "corrupção significativa" e assegurou que este "recebeu subornos para influenciar o desfecho de casos criminais e civis na Venezuela".

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro de 2017, que a relação com a Venezuela é tensa.

Os norte-americanos foram o primeiro país do mundo a reconhecerem, no ano passado, o chefe da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela.

Desde então, os EUA têm pressionado Nicolás Maduro com sanções económicas a figuras próximas deste, visando o seu derrube do poder.

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