>
Artigos

A Consagração do 15 Curso de Agentes em dia do 153.º aniversário da PSP

Como ponto de partida, gostaria de reafirmar que sou adepto da elaboração e divulgação de rankings das escolas públicas e privadas com os resultados escolares. Não sou dos que acham que a sua publicação é prejudicial, a menos que consideremos que quem os elabora ou lê o faz com preconceitos e não em busca de informação.

Não querendo entrar de novo, em tal debate mais do que repisado e aborrecido pela sua previsibilidade, e transmovendo este assunto para a Instituição PSP que eu orgulhosamente pertenço, gostaria antes de sublinhar que por exemplo, os cursos de formação ministrados na Polícia, e mais concretamente na Escola Prática de Polícia (EPP), para o curso de agentes com duração aproximada de 9 meses e no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) para a frequência e conclusão do mestrado integrado em Ciências Policiais, com duração de 5 anos, não existem rankings.

Ao contrário do que acontece com outras profissões, como engenharia, medicina e direito, bastando uma prova de exame nacional de aferição, por exemplo, dentro das carreiras na PSP, é possível ingressar para Agente ou para Oficial, depende do número de cursos abertos por ano e do número de vagas, bem como da exigência de provas físicas de acesso; de testes psicotécnicos, entrevista e exames médicos, mas também de acordo com as conveniências do momento e as políticas adotadas pelos governos.

Dir-me-ão que ao abrigo dos estatutos e da orgânica policial, não cabe à EPP e ao ISCPSI, tornar público os rankings das suas escolas de alistados. É verdade. Mas não é menos verdade, que seria interessante do ponto vista interno policial, saberemos quem são realmente as melhores escolas e os melhores polícias formados, ajudar-nos-ia a compreender o projeto que a Direção Nacional da PSP, ou que a sua elite dirigente foi construindo para a educação policial, bem como um exercício de transparência e de prestação de contas à sociedade, por parte do sistema de ensino policial.

Desde logo, a EPP, na sua origem e na excelência da formação que tem ministrado desde de 1977, aos agentes e chefes, permite-me dizer que a recorrência muitas vezes acontecida nas casernas e nos corredores das esquadras, é quando a maioria dos polícias, melhor, dos “bófias” com as suas ideologias, têm a mania de dizer que a sua escola de alistados é a melhor escola da PSP, porque é a elite de todas e a malta diverte-se, sem ofensas!

Não quero que os meus colegas de profissão me interpretem mal. Mas, se tivéssemos memória longa, coisa que nem sabemos ao certo o que é, veríamos que o 15.º Curso de Agentes, começado em 11 de Junho de 2019, é a melhor Escola de Alistados da EPP.

É mais uma razão para hoje nos regozijarmos por serem repostas verdades e factos, e por na prática, se poder prestar uma pública e justa homenagem no 153.º aniversário da PSP, a estes jovens polícias que estando ainda em formação, e em pleno estágio prático nos diversos comandos do país, passaram por três estados de emergência, um estado de calamidade, e por cercas sanitárias, alguns dos quais foram apanhados pelo vírus, desenvolveram uma função categórica, como se fossem já polícias.

Aliás, esta geração que merece o respeito de todos nós, em tempos de pandemia, foram, muitas vezes, o suporte e o apoio de muitas escalas de serviço das esquadras, e pela primeira vez na história da EPP, os seus alunos prestaram o seu compromisso de honra fora da escola, cumprindo este ritual em todos os comandos, como foi o caso do regional da PSP, no dia 20 de Maio de 2020.

Diria eu que se trata de uma verdadeira questão de justiça “policial” e só quem tem uma alma policial e “sangue azul a correr nas veias” consegue perceber o que digo.

Fechar Menu