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“Domingueiros” !

Como sabem, o domingo é o dia de descanso semanal ... e é o 1º dia da semana por via da Bíblia ... e nos dizeres do Êxodo 34:21 pode ler-se: -”Trabalhe seis dias, mas descanse no sétimo ...”! Apesar de a seguir ao domingo ser segunda-feira, a ISO, que regula a padronização, considera a segunda o primeiro dia da semana ... mas pela lógica, um dia de descanso deve surgir após alguns dias de trabalho. Não importa que seja primeiro ou sétimo, mas, o domingo é um dia de repouso ... o que está bem patente na forma como as pessoas se comportam nesse mesmo dia, exactamente como domingueiros. Com uma pose de lazarentos, carregados de muito pasmo, com muita indolência e indiferença generalizadas... simulando uma anestesia de olhos abertos. O trânsito automóvel é preguiçoso, os estacionamentos são oblíquos, os bonés ficam tortos nas cabeças e as braguilhas estão “desbragalhadas”. Fazendo tudo isto parte desse estado de alma ... apanágio do domingo. São muito típicos neste dia os almoços de família, alargados até aos primos segundos, sempre com duas ou três dezenas de elementos, mesas muito barulhentas, falando muito alto ... senão os mais velhos - já com surdez instalada - não seguem os pormenores das conversas. Estas refeições decorrem com muita alegria, a qual é subsidiada pelos aperitivos na varanda, os vinhos de mesa na sala e os digestivos junto ao bar. Ninguém se atrapalha na condução de regresso a casa, porque não há radares ao domingo ... as autoridades nesses dias não levam nada a mal ou estão em “lay-off”. Os excessos são tolerados e quem não gosta desse dia...então, que não o estrague.

Já foi também o dia do futebol. O dia do Clube, dia de ir ao estádio apoiar o Glorioso e de explodir com as emoções dos golos e das vitórias ... de sofrer em silêncio numa derrota justa, ou soltar uns palavrões, perante o roubo descarado dum resultado inesperado.

Foi e é um dia para fazer orações, para rezar ao Criador ou a outra qualquer divindade. Dia de pensar no próximo e de ajudar o seu semelhante.

Dia de liberdade ... antes era o dia de passear os cães, dia para fazer coisas “fora do normal” ou de fazer aquilo que não se fazia durante a semana.

Hoje o domingo é um dia para fazer exercício, andando a pé, falando ao telemóvel - como se estivesse a “pagar” os exageros nocturno do sábado - dia para pôr em dia as notícias da semana, que soubemos pelos amigos: as novidades sobre a TAP, a EFACEC, a EDP, o BPP, o BES, o NOVO BANCO, a Isabel dos Santos ... e sobre os incêndios no continente. UFA! Não falo do Trump nem do Bolsonaro, porque esses parecem-me que são sómente mauzinhos! E saber as novidades sobre os vírus chineses e sobre a bicharada que por lá aparece, pangolins, marmotas ou morcegos, com notícias - noticiadas com o beneplácito da OMS e com a convincente e traduzida explicação, da inevitável DGS. É melhor estar a ver e saber das notícias ao domingo, ... porque se evita o massacre diário dos eventos e também porque aquilo que acontece á quarta pode ser desmentido no sábado. Em inglês chamam-se: fake news! Dito em português soa a crime ... sem explicar o castigo; em inglês parece mais uma brincadeira de mau gosto. Ou uma manobra eleitoral!

Neste eucaliptal de desgraças a única coisa boa que me ocorre destacar é referir algo a propósito do nosso pseudo-ministro A. C. e Silva, que, sem papas na língua falando sem rodeios nem politiquices mostra que temos de “chamar os bois pelos nomes”. E explicou como corrigir ou minimizar os traumas económicos resultantes do tufão asiático, juntamente com as patologias crónicas portuguesas.

Por hoje, já chega!

Boas férias, ... esteja onde estiver, ... no seu jardim ou no sótão do vizinho!

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