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Madeira

Deputados do PS não concordam com conclusões introduzidas no relatório final da extracção de inertes

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Os deputados do grupo parlamentar do Partido Socialista, integrantes da comissão parlamentar de inquérito à actuação do Governo Regional no que se relaciona com a extracção de inertes nas ribeiras e na orla costeira da Madeira, não concordam de todo com as conclusões que foram introduzidas no relatório final apresentado, hoje, pela maioria do PSD. 

"Consideramos que as únicas três audições que foram permitidas, ao longo dos trabalhos desta comissão, foram bastante inconclusivas, com diversas omissões e contradições entre os diversos protagonistas, estamos a falar naturalmente da atual secretária regional do Ambiente, do anterior secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, e também da anterior directora da Direcção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente(DROTA)", diz através de um comunicado de imprensa assinado pelo líder parlamentar, José Miguel Iglésias. 

Os deputados socialistas consideram que "na Região tem acontecido, não só recentemente, mas ao longo dos anos, crimes ambientais gravíssimos e que tem sustentado de facto uma actividade económica à volta dos inertes".

"Sobre isso, o Partido Socialista não tem dúvidas que desta comissão parlamentar de inquérito não saíram as conclusões necessárias para encontrarmos os responsáveis, civil e criminalmente, pelo diversos factos que foram relatados pela comunicação social e que estão à vista de todos os cidadãos madeirenses e porto-santenses", refere.

"Assistimos assim a um exercício de querer limpar a imagem do Governo Regional, e das suas responsabilidades, relativamente a estas matérias, onde se verificou que as próprias declarações dos responsáveis governativos, ouvidos pela comissão, são absolutamente contraditórias entre si", sustenta.

Os deputados socialistas querem "garantir à população que independentemente das conclusões que foram provadas deste relatório", irão "continuar a acompanhar esta situação, porque a extracção ilegal de inertes na Região, nas ribeiras e na orla costeira, tem de acabar".

"São crimes ambientais gravíssimos, são um escândalo nacional e, portanto, sobre isso, podem ter a certeza que vamos continuar a usar todos os instrumentos políticos e legais à nossa disposição para evitar que estas situações se perpetuem, como sempre tem acontecido", concluiu.

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