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Madeira

Sara Madruga da Costa acusa João Leão de ter mentido

Em causa está o pedido de moratória da Região, recusado por Lisboa, e que segundo a deputada social-democrata, não tinha impedimento por parte da UE, como alegado

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Foto DR

A justificação dada pelo ministro das Finanças de que o Governo da República não concedeu moratória à Madeira no âmbito da pandemia de covid-19 porque tal não era possível no quadro da União Europeia não corresponde à verdade, segundo Sara Madruga da Costa, que acusa João Leão de “encenação política” e exige explicações. A deputada social-democrata assenta a sua posição no desmentido da Comissão Europeia relativamente às declarações do titular da pasta durante o debate do Orçamento Suplementar.

“A verdade vem sempre ao de cima e esta resposta da Comissão Europeia é bastante clara: a moratória entre o Estado português e a Madeira é e sempre foi possível e não há, nem nunca houve nenhum impedimento à mesma no quadro da União Europeia”, afirma Sara Madruga da Costa num comunicado distribuído à Comunicação Social, onde garante que se João Leão Finanças nada fizer, “perderá toda a confiança e credibilidade”. “Depois de mais este episódio lamentável, o Ministro das Finanças de António Costa deve explicar-se publicamente e deve pedir desculpa aos madeirenses por ter faltado à verdade, numa matéria que era e é da maior importância e urgência a esta Região”.

Revela ainda a social-democrata que ainda hoje será enviada uma missiva a João Leão com a posição da União Europeia “para que o mesmo explique o sucedido e peça desculpa aos madeirenses”. Diz que a “encenação política apenas demonstra a total falta de respeito que o tutelar da pasta das Finanças assume para com a Região, mas, também, para com todos os deputados eleitos à Assembleia da República, aos quais prestou falsas declarações”.

Lê-se também no comunicado, que o comissário para a Economia, Paolo Gentiloni, respondendo à eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar, referiu, e cita, “o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) acordado entre o Governo português e a Região Autónoma da Madeira em 2012 não era nem é da competência directa da EU. Disse ainda que a única ligação deste acordo com as instituições europeias é a obrigação de apresentar um relatório sobre os progressos das reformas da Madeira, acrescenta o Gabinete de Sara Madruga da Costa.

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