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Madeira

Associação alerta para risco de pobreza dos Cuidadores Informais potenciado pela pandemia

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A Associação Nacional de Cuidadores Informais (ANCI) alertou, hoje, a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais para o facto de os cuidadores informais estarem a atravessar grandes dificuldades, não podendo ser esquecidos.

Esteviram presentes numa audiência, que decorreu hoje, Nélida Aguiar, membro da direcção nacional da ANCI, e também coordenadora regional do Gabinete da ANCI-RAM e ainda Sara Cachuxo, voluntária e membro do gabinete ANCI-RAM.

"Estima-se que na Madeira existam cerca de 3 mil cuidadores, e no período da Pandemia Covid-19 pelo fecho de muitas respostas sociais e serviços, deu lugar a que houvesse muitas mais pessoas que passaram a ser cuidadores a tempo inteiro", refere a associação através de comunicado.

A ANCI afirma que "muitos destes cuidadores informais estão em risco de pobreza e de exclusão social e grande parte apresenta menor qualidade de vida e saúde comparativamente à população em geral". "A pandemia evidencia o peso que recai sobre as mulheres na prestação de cuidados; a ausência de legislação e medidas de conciliação laboral para a prestação de cuidados, e a necessária articulação entre a Saúde e o Sector Social", explica a associação.

"É impreterível que haja iniciativa do governo regional, para a natural correcção e regulamentação final do Estatuto do Cuidador Informal, uma vez que foram já detectadas diversas incongruências e urge operacionalizar o Decreto Legislativo Regional n.5/2019/M e a consequente correcção da portaria nº 622/2019, bem como a desburocratização de procedimentos de acesso ao estatuto de cuidador. Neste momento a Associação Nacional de Cuidadores Informais face ao adiamento das juntas médicas no Estado de Emergência decretado na fase pandémica, e à escassez de equipas actualmente existentes, manifesta a sua preocupação na possível morosidade dos processos instituídos para o acesso e pedido do Reconhecimento do ECI", considera.

A associação acrescenta que, foi com satisfação que recebeu a notícia da criação da Comissão de Acompanhamento do CI, criando assim um grupo de trabalho para melhor apoio e operacionalização de medidas e legislação de apoio que melhor possam responder às necessidades dos cuidadores, especialmente durante a fase pandémica.

"Atendendo a que os CI estão a atravessar muitas dificuldades e não podem ser esquecidos, até porque são um grupo de grande risco e grande vulnerabilidade, e em risco de pobreza e exclusão social é absolutamente necessária a identificação das grandes dificuldades existentes, nomeadamente pelo conhecimento de algumas críticas relativamente ao acesso à saúde, e sobretudo no acompanhamento de doentes que dependem de terceiros, por exemplo nos serviços de urgência, entregámos um dossier com casos práticos", diz a ANCI.

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