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Madeira

Santa Cruz preocupada com crianças sem vagas no pré-escolar

40 Crianças do Caniço estão fora do pré-escolar, situação que levou a Autarquia a enviar um ofício à Secretaria Regional da Educação

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Foto ASPRESS

A Câmara Municipal de Santa Cruz enviou hoje um ofício à Secretaria Regional da Educação depois de ter tido conhecimento de que existem cerca de 40 crianças sem lugar no pré-escolar das escolas do concelho.

Trata-se de uma situação que deriva da redução do número de alunos por sala, para prevenir a transmissão da Covid-19, decretada pela secretaria de Jorge Carvalho, que afectou, sobretudo, as crianças da freguesia do Caniço.

Embora a Autarquia compreenda a medida, não entende que a Secretaria da Educação tenha como única resposta “o direcionamento das crianças para o privado”, sobretudo numa altura em que muitas famílias perderam rendimento ou estão em situação de lay-off.

“Queríamos, também, manifestar a nossa indignação pelo facto de os pais nos terem veiculado que a Secretaria da Educação, através da Delegação Escolar, está a informar os encarregados de educação de que até poderiam resolver o problema no concelho se a Câmara Municipal arranjasse um espaço”, salienta a Autarquia de Santa Cruz, recordando que o parque escolar “é da responsabilidade do Governo Regional, através da Secretaria da Educação”. Além disso, “para que uma situação destas fosse possível, a autarquia tinha de ter ao seu dispor espaços com todas as condições de salubridade e segurança para acolher crianças, o que efetivamente não existe”, adianta.

Outro facto que indignou a Câmara liderada por Filipe Sousa foi ter conhecimento deste assunto “em segunda mão”, já que a Secretaria da Educação, “apesar de estar a ‘empurrar’ para a autarquia a solução de um problema que cabe ao Governo resolver,  não se dignou em contactar a Câmara para dar conta do que está a acontecer”.

Por fim, o ofício endereçado a Jorge Carvalho recorda que “cabe à Secretaria da Educação resolver um problema que é só seu” e a solução deve ser “encontrada sem atribuir culpas a terceiros e sem penalizar as famílias já sobrecarregadas com a crise social decorrente desta pandemia”.

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