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Ministra nega ruptura em unidades hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo

A ministra da Saúde, Marta Temido, negou hoje que a capacidade de internamento para doentes com covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) esteja em rutura.

Marta Temido respondia a questões da deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa na comissão parlamentar de Saúde, onde está hoje a ser ouvida.

De acordo com a ministra, na terça-feira, das 491 camas ocupadas no país com doentes com covid-19, 362 (ou seja 74%) eram em LVT e, das 73 camas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) ocupadas, 68 (ou seja 93%) eram em LVT.

A ministra sublinhou ainda que em LVT existiam 362 utentes em enfermarias covid-19, mas a região tem 6.101 camas.

"Portanto, quanto à rutura da capacidade instalada estamos entendidos", afirmou a ministra.

Quanto às camas em UCI, Marta Temido destacou que há 68 camas ocupadas, sendo que, em LVT, existe um total de 271 camas disponíveis em UCI polivalentes de adultos, das quais 95 "estão apenas afetas à covid-19", afirmou, destacando ainda "a capacidade de o sistema funcionar em rede" com outras unidades hospitalares da região.

O bastonário da Ordem dos Médicos afirmou na terça-feira que o hospital Amadora-Sintra "já ultrapassou o limite da sua capacidade" e que teve de transferir 50 doentes com a covid-19 para outras unidades de saúde.

"A pressão no hospital é muito grande. O hospital Amadora-Sintra já é um hospital que habitualmente já tem problemas porque está dimensionado para uma população que é muito menor daquela que tem na realidade", disse aos jornalistas Miguel Guimarães, no final de uma visita àquela unidade de saúde do distrito de Lisboa.

Segundo referiu o bastonário, neste momento no hospital Amadora-Sintra (Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca) estão internados entre 60 a 70 doentes infetados com covid-19, dos quais oito estão em cuidados intensivos.

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