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Costa afirma que avançar para aeroporto do Montijo é sinal de confiança no país

Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O primeiro-ministro defendeu hoje que a intenção da multinacional francesa Vinci de manter o plano de investimento para a construção do novo aeroporto do Montijo representa um sinal de confiança no futuro da economia portuguesa.

António Costa falava no final de uma visita ao aeroporto internacional de Lisboa, já depois de o presidente da Vinci, Nicolas Notbaert, ter declarado que, apesar da situação de crise no setor por causa da pandemia de covid-19, a multinacional tenciona manter todos os investimentos que projetou para Portugal, incluindo o novo aeroporto do Montijo.

Para o primeiro-ministro, essas palavras do empresário francês representaram “um gesto de confiança no futuro do país, em particular no setor do turismo e no conjunto da economia”.

“Num momento de grande incerteza, quando a esmagadora maioria dos aviões está em terra e quando o tráfego aeroportuário caiu de forma radical, o compromisso firme da Vinci de afirmar que se vai mesmo avançar com a construção do novo aeroporto no Montijo é um gesto de confiança no futuro do país”, reforçou.

António Costa disse ainda que essa posição da multinacional francesa constituiu também “um sinal de confiança na capacidade de se vencer coletivamente o [novo coronavírus] e de se relançar a economia”.

“O futuro será seguramente diferente daquilo que foi o passado, mas o futuro vai contar com o novo aeroporto do Montijo. Esse gesto de confiança é da maior importância”, insistiu António Costa, tendo a ouvi-lo o presidente da ANA, José Luís Arnaut e os ministros da Economia, Pedro Siza Vieira, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Numa sessão em que não esteve presente nenhum alto responsável da TAP, o primeiro-ministro procurou também transmitir a imagem de Portugal ser “um país aberto ao mundo”, mesmo na conjuntura de crise provocada pela pandemia de covid-19.

“O esforço nacional de controlo da pandemia foi feito sem nunca se encerrar as portas do aeroporto e sem nunca terem encerrado totalmente as fronteiras. Nunca fechámos as nossas portas aos compatriotas que vivem lá fora e a quem nunca pode ser negado o direito de regressar a sua casa. Assim como todos aqueles estrangeiros que acolhemos nos últimos anos, que investiram em Portugal ou que escolheram o país para viver ou trabalhar, também nunca lhes poderíamos fechar as portas para poderem regressar ao país de origem”, completou o primeiro-ministro.

Para António Costa, durante a fase da pandemia de covid-19, o aeroporto de Lisboa “permitiu mesmo afirmar uma das características essenciais do país”.

“Somos e continuaremos a ser um país aberto ao mundo. Essa abertura ao mundo fez-se na História pelo mar, mas também por terra, e faz-se hoje essencialmente pelo ar”, sustentou, antes de caracterizar como “conjuntural” a atual crise da aviação civil.

“É uma crise conjuntural que atinge companhias de aviação, aeroportos e o turismo. Aquilo que virá necessariamente a seguir, de forma mais rápida ou mais lenta, vai ser o retomar das oportunidades de as pessoas poderem livremente circular à escala global”, acrescentou.

Antes, num discurso com partes em português e em inglês, o presidente da Vinci considerou que Portugal “foi uma referência” na forma como impediu a propagação do novo coronavírus, salientou a ausência de infetados no aeroporto de Lisboa e colocou como objetivos cimeiros da sua multinacional “proteger empregos e, sobretudo, proteger os clientes”.

Nicolas Notbaert garantiu ao primeiro-ministro que será “cumprido o compromisso de avançar para o aeroporto do Montijo” e para “concluir os investimentos previstos, apesar da fase que o setor da aviação está a atravessar”.

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