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Madeira

Aumento do surto de covid-19 deve-se à “incompetência” de Lisboa, acusa Albuquerque

No dia em que o número de mortos e infectados por coronavírus voltou a aumentar nas últimas 24 horas em Portugal, o presidente do Governo Regional considera que existe “incompetência” do Governo de António Costa em controlar a pandemia e não aceita desculpas.

“Acho que a história das festas é uma desculpa. Os surtos não aconteceram por causa das festas, aconteceram devido a uma falta de controlo das autoridades sanitárias a um conjunto de áreas, sobretudo às áreas metropolitanas de Lisboa onde isso tem surgido”, expressou há momentos durante uma visita à recuperação da Levada do Monte Medonho, na Ribeira Brava.

Miguel Albuquerque continua num registo ríspido e a endurecer cada vez mais o discurso contra Lisboa, lembrando que não tem tido “qualquer sinal que queiram dialogar connosco. Estamos à espera há três meses de uma resposta às nossas solicitações”, afirmou o governante que frisando que os assuntos pendentes têm sido tratados ao nível da Assembleia da República: “Continuamos num diálogo de surdos”, apelidou criticando o silêncio dos socialistas, mas não deixando de enviar nova ‘farpa’ ao ex-presidente do Governo Regional dos Açores.

“Estranhei que o presidente do PS [Carlos César] dissesse que a TAP não era assunto regional, se não é para que serve a TAP, se não serve para as comunidades, se não serve para as regiões e para o país, serve para quê?”, ripostou, retomando, de seguida, o assunto da crise pandémica que preocupa os portugueses.

“Essa ideia serve para disfarçar as falhas logísticas e operacionais e a falta de medidas do Governo para acusar meia dúzia de festas em Carcavelos. Não foi for por causa disso”, reagiu tendo a seu lado Susana Prada, secretária regional do Ambiente e das Alterações Climáticas

“Em política as coisas não acontecem por milagre. Ou se tomam as decisões certas ou então temos as consequências, como não foram tomadas e andaram a fingir, temos as consequências”, explicou o que para si é claro face ao descontrolo da pandemia, aproveitando para sugerir o que deve ser efectuado: “Umas das medidas que sempre defendi é o controlo das entradas no país. Se não tivéssemos feito aqui, isto estava caótico”.

E em jeito de remate voltou a chutar para o campo de Costa a ineficácia em conter o surto na região lisboeta: “Parece que o grande feito nacional é uma final de futebol. Andamos a brincar ou quê?! Estão a falar para atrasados mentais, querem enganar quem?”.

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