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Nova Iorque inicia segunda-feira a segunda fase do desconfinamento

Cerca de 300 mil trabalhadores regressam na segunda-feira ao trabalho em Nova Iorque no início da segunda fase da reabertura da cidade, com as empresas a receberam os seus empregados ou os restaurantes a servirem clientes em espaços exteriores.

Nesta segunda fase de desconfinamento, os cabeleireiros e lojas de comércio também retomam a atividade, mas no primeiro caso apenas poderão funcionar com 50% da sua capacidade e atender clientes com marcação prévia, enquanto o comércio local poderá voltar a receber consumidores em vez de se limitar, como até ao momento, à entrega de pedidos pela internet.

Com o regresso desta atividade, aguarda-se que muitas lojas comecem a retirar as grandes tábuas de madeira que cobrem as suas montras, instaladas para evitar saques durante os protestos em Nova Iorque pela morte do afro-americano George Floyd -- asfixiado no decurso da sua detenção por um polícia branco em finais de maio -- e que provocaram danos elevados, em particular na zona de Manhattan.

Os negócios do imobiliário também podem começar a receber clientes, e ainda as lavandarias, vendas de automóveis e empresas de aluguer e venda.

No caso dos restaurantes, e pelo facto de muitos deles serem pequenos estabelecimentos que concentravam as mesas num espaço reduzido, a cidade de Nova Iorque ativou um programa que prevê o encerramento de várias ruas para que possam colocar mesas nas zonas antes destinadas ao estacionamento de veículos.

O programa, que pretende salvar os negócios que sobreviveram com grandes dificuldades à crise da pandemia, vai prolongar-se por todo o verão, com a possibilidade da utilização destes espaços de estacionamento até 07 de setembro, e dos passeios até ao mês de outubro.

Enquanto a cidade de Nova Iorque entra segunda-feira na segunda fase de abertura, a zona de Mid-Hudson do estado de nova Iorque está a cumprir os requisitos para iniciar a terceira fase logo no dia seguinte, terça-feira.

Segundo os últimos dados fornecidos pelo governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, a percentagem de infetados pelo coronavírus encontra-se atualmente abaixo de 1% no estado, e onde entre os mais de 67.000 testes efetuados desde sábado apenas foram confirmados 664 casos positivos.

Para mais, os números indicam que no sábado se registaram 15 mortos na região devido à covid-19, contra 24 na sexta-feira, enquanto continuam a baixar as hospitalizações e os internamentos nas unidades de cuidados intensivos.

No entanto, Cuomo assinalou hoje que “a pandemia ainda não terminou”.

“Enquanto abrimos Nova Iorque de forma segura e gradual, o Governo estatal irá fornecendo a informação necessária para que os nova-iorquinos possam tomar decisões informadas para si e suas famílias”, acrescentou.

Com a primeira fase, que entrou em vigor na cidade de Nova Iorque em 09 de junho, cerca de 400 mil pessoas já regressaram aos seus locais de trabalho.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 464 mil mortos e infetou mais de 8,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (119.719) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,2 milhões).

Seguem-se o Brasil (49.976 mortes, mais de um milhão de casos), Reino Unido (42.632 mortos, mais de 304 mil casos), a Itália (34.634 mortos e mais de 238 mil casos), a França (29.617 mortos, quase 196 mil casos) e a Espanha (28.323 mortos, mais de 246 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 8.101 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 583 mil, seguindo-se a Índia, com mais de 410 mil casos e 13.254 mortos.

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