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Madeira

Madeira foi uma das regiões que mais contribuiu para o aumento da população em 2019

Sobretudo por causa do saldo migratório positivo do que pelo saldo natural (diferença entre óbitos e nascimentos), que no país foi negativo pelo 11.º ano consecutivo

Foto Arquivo
Foto Arquivo

A Região Autónoma da Madeira, sobretudo por causa do saldo migratório positivo, foi das quatro regiões portuguesas que contribuíram para que a população residente em Portugal a 31 de Dezembro de 2019 tivesse um crescimento efectivo de 0,19%, mais 19.292 habitantes para um total estimado de 10.295.909 pessoas.

Como referido, o “acréscimo populacional em 2019 resultou do aumento do saldo migratório (de 11.570 em 2018 para 44.506 em 2019), já que o saldo natural se manteve negativo (-25.214 em 2019)”, informa hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Em 2019 registou-se, assim, uma taxa de crescimento migratório positiva de 0,43% e uma taxa de crescimento natural negativa de 0,25%, neste último caso pelo décimo primeiro ano consecutivo”, acrescenta o INE.

Refere ainda que “o saldo migratório foi positivo em todas as regiões NUTS II, com maior expressão na Área Metropolitana de Lisboa, no Centro e no Norte. Estas três regiões, conjuntamente com a Região Autónoma da Madeira, foram as únicas a contribuir para o aumento da população em 2019”, conclui.

Um dos indicadores em que a Madeira também se destaca, mas pela negativa, é no índice sintético de fecundidade (ISF). “O número médio de filhos por mulher em idade fértil mais elevado registou-se no Algarve (1,76), seguido da Área Metropolitana de Lisboa (1,74) que, conjuntamente com o Alentejo (1,43), foram, em 2019, as regiões NUTS II com o ISF mais elevado, acima do valor nacional (1,42). O ISF mais baixo verificou-se na Região Autónoma da Madeira (1,15)”, atira o INE.

Como indicador misto, ou seja pode ser visto tanto pela negativa como pela positiva, há o índice de envelhecimento. “Por região, o índice de envelhecimento mais elevado registou-se no Alentejo, onde por cada 100 jovens residiam 206,1 idosos, seguido de forma próxima pelo Centro, onde este valor foi 203,6 idosos por cada 100 jovens”, diz a entidade estatística. “Conjuntamente com a região Norte, nestas três regiões verificaram-se índices de envelhecimento superiores ao valor nacional (163,2). Na Região Autónoma dos Açores registou-se o menor índice de envelhecimento, mantendo-se a única região onde o número de jovens excede o número de idosos (97,2 idosos por 100 jovens)”. Na Madeira, o índice de envelhecimento (129,5 idosos por cada 100 jovens) é inferior à média nacional, sendo a segunda região com o valor mais baixo neste indicador, que influencia também o índice de renovação da população em idade activa, que nesta região é de 89,9, o segundo mais baixo (os Açores tem 106,2) e bem superior à média nacional (77,5).

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