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Madeira

Tal como o Povo de Israel, “também estamos a sair de um deserto”, diz D. Nuno Brás

O Bispo do Funchal deixou hoje três advertências aos fiéis: “No tempo da prosperidade, não te esqueças de Deus, percebe que ele te oferece a salvação e cuida do próximo”

Foto Arquivo
Foto Arquivo

O Bispo do Funchal recordou hoje o Povo de Israel que percorreu o deserto durante 40 anos em direcção à terra prometida.

Na solenidade do Corpo de Deus, celebrada na Sé do Funchal, D. Nuno Brás explicou que “a fome de Deus” que Israel foi aprendendo durante os 40 anos no deserto é um “convite a perceber que, hoje, a acção divina retoma, com maior vigor, as maravilhas realizadas nos tempos passados”.

Para D. Nuno Brás, viver hoje as maravilhas que Deus realiza por nós abre-nos um “horizonte de vida”.

É através da eucaristia que a presença do senhor ressuscitado torna-o presente na nossa vida.

A eucaristia é, segundo o chefe da igreja católica madeirense, “Deus que entra, de modo visível, nas nossas vidas, que nos oferece um novo vigor, nos impede de ficarmos parados e nos dá um horizonte de vida eterna”.

Tal como o Povo de Israel, “também estamos a sair de um deserto”, afirma o Bispo, referindo que há meses, de um momento para o outro, “a nossa cidade ficou deserta; muitas das actividades económicas pararam; as igrejas ficaram vazias e o próximo passou a ser alguém que nos poderia contagiar”. Hoje, procuramos retomar a nossa vida “nesta Ilha que o Senhor nos ofereceu”.

Por isso, deixa aos fiéis três advertências: “no tempo da prosperidade, não te esqueças de Deus; percebe que hoje Ele te oferece a salvação; cuida do teu próximo”.

Como o povo de Israel, também nós nos esquecemos facilmente de Deus no tempo da prosperidade. “Deixamos de rezar e deixamos de alimentar a fé com o Pão do Céu”, explica D. Nuno Brás, apelando a cada um de nós a vivermos com Deus. “Deixa que ele viva contigo” e que ele seja “a luz que orienta os teus passos”,

Por fim, o apelo para cuidar do próximo. “Não olhes apenas para ti e para o teu bem-estar. Olha por aquele que está aí, bem perto, que não tem pão para se alimentar ou para alimentar a sua família; que não tem sentido para a sua vida; que olha apenas para o momento presente. Cuida dele. Dá-lhe de comer; mostra-lhe que o ser humano não foi apenas criado para o dia de hoje, mas traz antes consigo uma vocação de vida eterna”, salientou D. Nuno Brás na eucaristia que juntou várias figuras públicas, como o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, e o vice-presidente da Assembleia legislativa da Madeira, José Prada, entre outros.

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