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Nova Iorque vai mudar nome a ruas com mensagens do “Black Lives Matter”

A cidade de Nova Iorque vai mudar o nome a várias ruas com mensagens do movimento “Black Lives Matter” (A Vida dos Negros Importa), anunciou hoje o ‘mayor’ (autarca), o democrata Bill de Blasio.

Esta decisão soma-se às mudanças na polícia, cuja aprovação pelos legisladores estaduais é esperada para breve.

De Blasio convidou para a sua conferência de imprensa vários ativistas, com quem se tinha reunido no domingo na sua residência oficial, que afirmaram que este é o “momento de agir” e fazer com que a ‘Grande Maçã’ (uma das designações desta metrópole) “reconheça o poder de uma ideia fundamental, eu as vidas negras importam”, o que consideraram que está a acontecer no órgão legislativo estadual.

“Uma das propostas que está sobre a mesa é a de renomear ruas e pintar as suas palavras (do movimento “Black Lives Matter”) nas ruas da cidade, em locais cruciais de cada bairro, um dos quais próximo da sede do município”, disse De Blasio.

Uma das ativistas Iesha Sekou, apoiou a iniciativa aplaudiu as “considerações sobre decisões que se devem tomar sobre as consequências das más práticas policiais, uma vez que os comportamentos abusivos e brutais da Polícia devem ter consequências à altura”, como a lei “Eric Garner Anti-chokehold”.

Esta lei tem este nome em homenagem ao afro-americano Eric Garner, que foi morto por asfixia em julho de 2014 às mãos de Daniel Pantaleo, e que foi aprovada na noite passada, por maioria esmagadora, pela Assembleia e pelo Senado de Nova Iorque, aguardando apenas a assinatura do governador Andrew Cuomo, que já o prometeu fazer.

Estas decisões sucedem a um movimento de protesto generalizado nos EUA provocado pela morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, em 25 de maio, em Minneapolis, no Estado do Minnesota.

A morte ocorreu depois de Floyd ter estado imobilizado no chão por um polícia branco, que lhe colocou o joelho em cima do pescoço, durante oito minutos e 46 segundos, apesar de dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas.

Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.

Os outros vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.

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