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Economia africana vai ser a mais afectada, diz vice-presidente do BAD

A vice-presidente em exercício do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) Bajabulile Swazi Tshabalala defendeu hoje que o continente africano vai ser o mais afetado pela pandemia da covid-19, do ponto de vista económico.

“Do ponto de vista económico, podemos muito bem ser o continente mais afetado”, respondeu Tshabalala durante uma conferência virtual realizada pela Organização das Nações Unidas, em resposta a vários participantes que observaram que África parecia estar a ser menos atingida pelos impactos de saúde da pandemia do que outras regiões.

De acordo com a vice-presidente do BAD com o pelouro financeiro, citada num comunicado do banco, Tshabalala lembrou os constrangimentos das populações com as medidas de confinamento, reduzindo o rendimento e potenciando um agravamento das difíceis condições sociais e económicas de vários países, e sublinhou que “África precisa de entre 110 a 115 mil milhões de dólares em alívio económico e social” devido à pandemia.

A reunião do Compacto Global da ONU, uma iniciativa que envolve dirigentes empresariais de topo para implementar princípios de sustentabilidade universal, decorreu hoje em formato virtual e juntou vários especialistas nas áreas dos direitos humanos, trabalho, ambiente e combate à corrupção.

“Nenhum país está isento ou imune às consequências de saúde e económicas que estão a desenvolver-se; a covid-19 afeta-nos a todos, quer sejamos um país desenvolvido ou em desenvolvimento”, vincou a banqueira na sua intervenção inicial.

O enviado especial da Organização Mundial de Saúde da ONU (OMS), David Nabarro, alertou que “o vírus está cá para ficar e todos nós vamos ter de viver com ele como uma ameaça sempre presente nas nossas vidas e nas nossas comunidades”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP), a pandemia da doença covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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