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Madeira abaixo do país, mesmo com metade das empresas com pessoal em teletrabalho

Foto Shutterstock
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A Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulgou, hoje, dia 5 de Maio, os resultados da 4.ª semana de inquirição (27 de Abril a 1 de Maio) do Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE). Esta operação estatística, criada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Banco de Portugal (BdP), pretende avaliar os efeitos da pandemia covid-19 no tecido empresarial nacional.

Uma das principais conclusões do inquérito é que cerca de metade das empresas respondentes (mais precisamente 49%) na Madeira tinham pessoas em teletrabalho, sendo que 14% contabilizava mais de 50% do pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar em teletrabalho.

Ainda assim, “as percentagens são inferiores às do país”, revela a DREM, onde a percentagem de pessoas em teletrabalho nas empresas ascendia aos 58%, com 20% das mesmas a declarar que mais de 50% do seu pessoal estava em teletrabalho.

Segundo a mesma fonte, na semana de 27 de Abril a 1 de Maio, 73% das empresas da RAM estavam em produção ou em funcionamento e 26% temporariamente encerradas.

Por outro lado, as restrições no contexto do estado de emergência e a ausência de encomendas/ clientes foram os principais motivos apontados pelos inquiridos para a diminuição do volume de negócios, de acordo com os dados da DREM.

87% das empresas referiram que a pandemia conduziu a uma diminuição no volume de negócios, sendo que mais de metade (51%) das empresas declararam uma redução superior a 50% no volume de negócios.

Outra consequência da pandemia apontada por 68% das empresas respondentes foram as reduções no pessoal. 39% declararam uma redução superior a 50% no número de funcionários efectivamente a trabalhar e 16% apontaram para diminuições entre 10% e 50%.

O layoff simplificado foi apontado por 64% das empresas como relevante ou muito relevante para a redução do número de pessoas ao serviço. No país o valor foi de 59%, observa a DREM.

Outras soluções passam pela moratória de créditos (sendo que 45% das empresas já beneficiaram ou planeiam beneficiar desta medida), acesso a novos créditos (68%) ou pela suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas, que está nos planos de 50% das empresas.

De referir que a taxa de resposta global ao COVID-IREE na Madeira, na semana de de 27 de Abril a 1 de Maio, foi de 94%, representando 97% do pessoal ao serviço (NPS) e 96% do volume de negócios (VNN) das empresas da amostra.

Tal como nas semanas anteriores, estas percentagens foram substancialmente superiores às verificadas no conjunto do país (62% na taxa de resposta global, representando 64% do NPS e 77% do VVN da amostra), salienta a DREM.

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