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Oposição acusa Maduro de infiltrar e massacrar envolvidos em invasão falhada

Foto AFP
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A oposição venezuelana acusou hoje o Presidente Nicolás Maduro de ter infiltrado um grupo de opositores que teria preparado a frustrada invasão marítima de domingo e de massacrar os envolvidos.

“Hoje está muito claro que essa acção estava infiltrada pela ditadura. Eles estavam à espera para os massacrar. De quem são os corpos que exibiram? Quem eram as famílias, ou talvez não tinham família. Queriam semear confusão para esconder o que acontece na Venezuela”, disse o presidente do parlamento.

Juan Guaidó falava durante uma sessão virtual em que responsabilizou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro pelo ocorrido e insistiu que nem o parlamento nem a sua equipa tinham conhecimento da operação.

“Nicolás Maduro, tu és o responsável. Sabiam dessa operação, infiltraram-se e aguardaram para os massacrar”, disse.

Juan Guaidó acusou também o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, de se ter referido à alegada tentativa de invasão dias antes ocorrer.

“A ditadura insiste em mentir. Uma ditadura cujo prontuário é muito claro em massacres como o da cadeia de Guanare, a de Óscar Pérez (piloto de helicóptero da polícia) e do assassínio de Fernando Albán, de Cesita e de Neomar Lander”.

O dirigente da oposição acusou ainda o regime de tentar “esconder a falta de gasolina, a luta de centenas de milhares de venezuelanos” e os intensos tiroteios ocorridos desde há uma semana no bairro de Petare, leste de Caracas.

Por outro lado, questionou as Forças Armadas venezuelanas sobre o que estas farão se cidadãos venezuelanos continuarem a ser massacrados.

O Governo venezuelano anunciou, domingo, que oito pessoas morreram e mais duas foram detidas numa primeira tentativa de ataque marítimo que ocorreu no estado de La Guaira, vizinho de Caracas.

Segundo o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a invasão marítima frustrada pelo seu Governo, tinha como “objectivo central” o seu assassínio.

Segunda-feira, dois norte-americanos e outras 11 pessoas foram detidas numa segunda embarcação que se aproximava de uma área costeira do Estado central de Arágua.

Entre os venezuelanos detidos estão o capitão Antonio Sequeda, assim como os agentes da segurança Yeferson Fernández e Rodolfo Rodríguez Orellana, o primeiro do Estado de Miranda (centro) e o segundo do município de Baruta (Caracas).

Foram também detidos um ex-membro da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) Víctor Alejandro Pimienta e o ex-primeiro-tenente Raúl Manzanilla.

Das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) foram detidas três pessoas: Paiva Soot, Rojas Tapia e Rodwin Magallanes.

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