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Jornalistas turcos denunciam prisão de 12 repórteres num mês

Foto EPA/ERDEM SAHIN
Foto EPA/ERDEM SAHIN

Jornalistas na Turquia denunciaram hoje, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a detenção no último mês de 12 repórteres pelas suas publicações sobre a covid-19 e alertaram para a pressão das autoridades nas informações relacionadas com a doença.

Os jornalistas foram presos sob a alegação de “espalharem pânico e medo” com as suas reportagens sobre o novo coronavírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, denunciou ao jornal Bianet Erol Önderoglu, representante dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na Turquia.

O jornal observa que este ano dezenas de jornalistas foram detidos por informar sobre eventos importantes na política do país, como a situação dos refugiados na fronteira turco-grega, a ofensiva militar turca na Líbia ou a operação na região síria de Idlib.

As associações de jornalistas da Turquia também recordam a recente reforma judicial para libertar 90.000 presos com o objetivo de descongestionar as prisões perante o avanço da covid-19, uma medida que não abrangeu jornalistas, políticos e ativistas que estão presos.

“Devemos ser uma sociedade em que as notícias possam viajar livremente. Acreditamos que os jornalistas presos devem ser libertados o mais rápido possível para garantir a paz no país”, defendeu também hoje a Sociedade de Jornalistas Turca.

A Turquia ocupa a 154.ª posição de um total de 180 países analisados no ranking mundial de liberdade de imprensa dos Repórteres Sem Fronteiras e é o segundo Estado com mais jornalistas presos (85).

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