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Ministra da Saúde admite emissão de mais vales cirúrgicos

Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA
Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA

A ministra da Saúde admitiu hoje, em conferência de imprensa, que poderão ser emitidos mais vales cirúrgicos para os utentes se tratarem em hospitais privados, caso o Serviço Nacional de Saúde tenha dificuldade em responder atempadamente aos doentes.

De acordo com a ministra, uma vez que atos considerados prioritários e muito prioritários foram suspensos desde 16 de março, com o critério clínico sempre a prevalecer, e como agora começará a ser feito o seu reagendamento, poderá haver dificuldade em o Serviço Nacional de Saúde responder de modo atempado a todas as necessidades, nomeadamente na cirurgia. Assim, admite que poderão ser passados aos utentes mais vales cirúrgicos.

“O que nos interessa em definitivo é tratar da saúde das portuguesas e dos portugueses e resolver os seus problemas de saúde, se for necessário emitir mais vales de cirurgia fá-lo-emos”, afirmou, na conferência de imprensa regular sobre a evolução da covid-19.

Marta Temido acrescentou que isso mesmo consta do despacho sobre a retoma da atividade não covid-19, emitido este sábado, que já chegou aos estabelecimentos e serviços de saúde, e que será público nos próximos dias.

Contudo, disse, isto não se trata de passar a responsabilidade de tratar os cidadãos a outros, aos serviços privados e do setor social.

“O Serviço Nacional de Saúde tem, em termos normativos, constitucionais e do seu posicionamento no sistema, a primeira resposta, a primeira obrigação, e tem estado à altura dela. Não há aqui deixar a parte mais fácil para outros, até porque a parte que aí vem não é menos fácil, estamos num momento da luta da pandemia em que não sabemos o que nos espera, e penso que não é justo, não é correto pensar que podemos prescindir de quem quer que seja, precisamos de todos para dar estas resposta”, afirmou.

A ministra da Saúde falou ainda sobre os preços das máscaras, mostrando-se preocupada com informações de preços praticados, referindo-se que será feito “o maior esforço possível” para serem disponibilizados no mercado a um preço razoável.

“O Ministério da Saúde está neste momento, através do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, a avaliar as disponibilidades do mercado, não temos a noção de que haja faltas específicas, embora sempre num contexto de alguma carência, a monitorizar os preços e iremos, com outras entidades com competência nesta matéria, atuar se for necessário”, afirmou.

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