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Madeira

Madeira com a maior quebra na avaliação nos apartamentos e a maior subida nas moradias

Valor médio da avaliação bancária na habitação na Região atingiu o valor mais alto desde, pelo menos, Janeiro de 2011

Foto Shutterstock
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Os valores da avaliação bancária da habitação em Abril de 2020, que servem de referência aos bancos para a concessão de crédito para a compra de casa, seguiram caminhos opostos na Região Autónoma da Madeira, nomeadamente quando comparados com os das outras regiões. Enquanto que os apartamentos representaram a maior quebra nacional, as moradias representaram o maior aumento no contexto de Portugal, segundo os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e referente a um mês em que a pandemia da covid-19 dominou a vida de todos, mas sem grandes reflexos na valorização das casas.

Assim, em Abril, o valor mediano da avaliação da habitação (inclui as duas componentes) atingiu os 1.147 euros/metro quadrado (m2), mais nove euros do que em Março. A Madeira é a terceira região com o valor mais alto para a compra de casa em sete regiões do país, situando-se bem acima da média (1.111 euros), cerca de 36 euros, só atrás de Lisboa e Algarve.

Especificamente no que toca aos apartamentos, a quebra foi de -0,7% para um valor médio de 1.156 euros/m2, menos 8 euros/m2 e valor bem abaixo da média nacional (1.210 euros/m2). Há um ano (Abril de 2019), a avaliação média dos apartamentos na RAM valia menos 56 euros (1.100 euros/m2)

Nas moradias, o cenário inverso com o maior aumento nacional face ao mês anterior, + 4,9% para 1.144 euros/m2 em Abril, o que representa mais 53 euros. Face à média nacional (939 euros/m2), são mais 205 euros/m2, ainda que a grande diferença esteja no Algarve, onde cada moradia é avaliada a 1.600 euros/m2, ou seja mais 661 euros.

Voltando ao valor médio da habitação na Madeira, refira-se que os 1.147 são o valor mais alto desde Janeiro de 2011. Ou seja, dos últimos nove anos e quatro meses. Ainda que tenha havido uma reformulação recente, desde Março de 2020, que veio introduzir “uma nova série do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação (IABH)”.

Resumidamente, tal como noticiado pelaa Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) na última actualização, “as principais alterações implementadas face à série anterior foram:

A substituição do valor médio, anteriormente obtido pela média geométrica dos valores observados, pelo valor mediano de avaliação bancária, complementado pela divulgação do valor para o 1.º e 3.º quartis da distribuição de valores observados;

A substituição da Área útil pela Área bruta como referência para o cálculo do indicador. Esta alteração tem como consequência que o valor por m2 seja agora forçosamente menor, visto que a área de referência passou a ser superior. Eliminou-se dessa forma alguma ambiguidade associada à identificação de área útil.

As alterações visaram, entre outros aspetos, promover a comparabilidade com outros indicadores sobre o mercado habitacional, produzidos pelo INE e também divulgados pela DREM, como por exemplo os preços da habitação ao nível local. Consequentemente foram criadas novas séries, disponíveis no portal da DREM. Estas séries iniciam-se em janeiro de 2011 e apresentam como detalhe geográfico máximo, sempre que o número de observações o permitir (33), o município, que no caso da Região Autónoma da Madeira (RAM) se cinge a 3 municípios: Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos. Contudo, ao contrário do que acontecia na série anterior, para já, a informação por tipologia (T2, T3, T4) está apenas disponível ao nível do país.”

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