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Madeira

PCP diz ser necessário garantir gestão democrática do SESARAM

Amanhã, no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, vai ser discutido um Projecto Decreto Legislativo Regional da autoria do PCP que pretende criar um modelo alternativo, promovendo a reforma democrática do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, consagrando mecanismos de desgovernamentalização do serviço de saúde e a substituição progressiva dos mecanismos de comando burocrático, tal como a grande maiorias das organizações representativas dos trabalhadores do SESARAM defendem

No entender do PCP, “é inconcebível que cargos técnicos como o director-clínico e enfermeiro-director sejam cargos de nomeação política, muito menos que estes importantes cargos para o bom funcionamento do Serviço Regional de Saúde dependam de negociação de interesses entre aparelhos partidários”.

“Defendemos que é necessário, em primeiro lugar, ouvir os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos e directores de serviço para a escolha do director-clínico e da auscultação dos enfermeiros para a selecção do enfermeiro-director”, refere, acrescentando que “o que está em causa é a forma unilateral e distorcida como são impostos os cargos no SESARAM”.

“A implementação de um modelo democrático na gestão do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira é já possível, no actual quadro de gestão e administração, sendo imediatamente concretizável a eleição democrática das direcções técnicas. Corresponderá a um importante passo para que na Região Autónoma da Madeira se quebrem mecanismos de comando e de controlo do serviço de saúde, mecanismos esses que em nada favorecem a credibilidade das instituições públicas, e se assegure a estruturação dos serviços numa base de competência técnica e de legitimidade democrática”, continuou.

Diz ainda que “não é de agora que o PCP defende a gestão democrática do SESARAM, como também não é de agora que os profissionais de saúde não se identificam com o modelo de nomeação de cargos técnicos sem a auscultação dos pares”. “Aliás a postura do actual Governo é, primeiro nomear para então depois dialogar. No passado recente, mais precisamente em Janeiro de 2018, o PCP apresentou na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira um projecto de Decreto Legislativo Regional que defendia efectivamente a gestão democrática do SESARAM que foi chumbada apenas com os votos do PSD”, acrescenta.

Na sua óptica, “no presente momento existem consensos na sociedade e estão criadas condições mais favoráveis à aprovação de uma alteração legislativa no sentido de garantir a gestão democrática do SESARAM, como nos dão conta os pareceres favoráveis de diversas entidades e parceiros sociais”.

É por existirem essas condições propícias à análise desta iniciativa legislativa que o PCP decidiu avançar agora com o agendamento deste projecto.

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