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Madagáscar reforça meios em cidade, com cadáveres nas ruas

Foot AFP
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O Governo de Madagáscar anunciou hoje que vai enviar reforços militares e médicos para a cidade oriental de Toamasina, depois de terem sido descobertos vários cadáveres nas ruas e de terem morrido duas pessoas com Covid-19.

O Governo realizou no último domingo, na capital do país, Antananarivo, um Conselho de Ministros extraordinário, precisamente sobre a situação da pandemia na segunda maior cidade do país.

Madagáscar, um país muito pobre no Oceano Índico, registou até agora 527 casos de infeção pelo novo coronavírus, com duas mortes confirmadas.

Desde quinta-feira, foram confirmados 122 novos casos e, nos últimos dias, vários cadáveres foram recolhidos nas ruas daquela cidade, sem que as causas de morte fossem conhecidas.

“Os médicos devem realizar exames completos para ver se as mortes são devidas a outra doença (...) ou se são realmente resultantes de graves problemas respiratórios agudos, a forma crítica da Covid 19”, explicou a porta-voz do centro de comando operacional anti Covid-19, Hanta Marie Danielle Vololontiana, durante a sua declaração diária, na televisão nacional, no domingo.

Os cerca de 150 soldados enviados para Toamasina serão responsáveis pela manutenção da ordem pública e pela aplicação de medidas contra o coronavírus (como o uso de máscaras ou distanciamento social) de acordo com o governo regional.

O Conselho de Ministros também exonerou o representante do governo em Toamasina, sem qualquer explicação.

As autoridades ordenaram também a distribuição de uma bebida à base de artemísia, uma planta com um efeito terapêutico reconhecido contra a malária, que as autoridades malgaxes afirmam tratar a Covid-19, apesar de os possíveis benefícios deste chá de ervas não terem sido até agora validados por nenhum estudo científico.

O Conselho de Ministros anunciou igualmente a abertura de uma investigação sobre as causas da morte de um médico este fim de semana, em Toamasina.

Segundo a imprensa local, a vítima foi hospitalizada após ter sido infetado pelo novo coronavírus e foi encontrada enforcada no seu quarto no domingo de manhã.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Em África, há 3.348 mortos confirmados e mais de 111 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

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