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Críticas ao Governo, ao 1.º de Maio e até ao PR no último debate sobre emergência

Foto Lusa
Foto Lusa

O último debate parlamentar sobre o estado de emergência devido à covid-19 ficou hoje marcado por acusações ao Governo de propaganda, por críticas à forma como foi celebrado o 1.º de Maio e até ao Presidente da República (PR).

O mote do debate era o relatório sobre o terceiro período de emergência, mas os partidos e até o Governo acabaram por fazer um balanço dos 45 dias em que esse estado vigorou em Portugal, entre 19 de Março e 2 de Maio, passando desde então para a situação de calamidade.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, abriu e fechou o debate defendendo que o estado de emergência foi “necessário e proporcional”, e sem “laivos de autoritarismo”.

As acusações de que o Governo aproveitou o relatório - e este período de emergência - para fazer propaganda vieram do CDS-PP, da Iniciativa Liberal e do Chega, enquanto o PSD lamentou que o executivo tenha aproveitado o fim do estado de emergência para fazer o “desconfinamento político” e tratar de “questões menores” em vez das “dificuldades dos portugueses”.

Se CDS-PP e PAN questionaram a excepção que foi aberta, ainda em estado de emergência para as comemorações da CGTP do 1.º de Maio - com a líder parlamentar do PAN Inês Sousa Real a prometer ficar atenta à “Festa do Avante!”, a ‘rentrée’ do PCP -, veio da bancada do BE uma forte crítica ao Presidente da República.

“O sr. Presidente da República por três vezes se mostrou preocupado em suspender o direito à greve, o direito à resistência e nem uma única vez se mostrou preocupado em suspender o direito à distribuição de dividendos, em suspender o direito ao despedimento. Errou, não uma, não duas, mas três vezes”, apontou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, partido que votou favoravelmente os três pedidos de autorização de Marcelo Rebelo de Sousa para declarar o estado de emergência.

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