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Primeiras duas semanas da 2.ª fase de desconfinamento fundamentais para turismo

Foto Gerardo Santos Global Imagens
Foto Gerardo Santos Global Imagens

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) defendeu hoje que as duas primeiras semanas da segunda fase do processo de desconfinamento, devido à situação epidemiológica provocada pelo novo coronavírus, são “fundamentais” para as empresas do setor.

“Estas primeiras duas semanas da segunda fase de desconfinamento serão fundamentais para as empresas, que vão retomar a sua atividade perante uma realidade totalmente nova, com um conjunto de regras de segurança que serão fundamentais para a prossecução da sua atividade”, afirmou o presidente da CTP, Francisco Calheiros, em comunicado hoje divulgado.

Na sua opinião, a confiança dos portugueses para frequentarem os estabelecimentos depende “em muito” daquelas regras e, se tudo correr bem, essa vai ser “mais uma mensagem positiva” para o exterior, estimulando o turismo de estrangeiros.

“Portugal, além de já ser reconhecido como um país seguro, vê também agora reconhecida a sua segurança sanitária”, acrescentou Francisco Calheiros.

No mesmo documento, a confederação reafirma a “excessiva burocracia” no acesso às linhas de apoio financeiro às empresas do setor, a “morosidade” nos pagamentos e nas respostas aos pedidos de ‘lay-off’ submetidos e as consequências geradas para o turismo pela a “falta decisão” da União Europeia quanto à retoma do transporte aéreo.

“Já manifestámos a preocupação com o transporte aéreo, a atividade turística depende muito do transporte aéreo e ainda não existem orientações precisas sobre a retoma desta atividade”, lembrou o presidente da CTP.

Esta falta de atuação, na opinião de Francisco Calheiros, estende-se a outras áreas, existindo “claramente uma falta de estratégia europeia em termos de linhas de ajuda aos Estados-membros”.

No comunicado, a confederação relembra as medidas para a atual fase de desconfinamento que solicitou ao Governo, como a prorrogação por três meses, pelo menos, do regime de ‘lay-off’ simplificado ou a criação de uma linha de capitalização a fundo perdido para o turismo.

A situação de calamidade foi declarada pelo Governo no início deste mês, devido à pandemia provocada pela doença covid-19, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência que começaram em 19 de março.

Na sexta-feira, o Governo prorrogou a declaração de situação de calamidade até 31 de maio e aprovou medidas de desconfinamento como a reabertura de lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios, além da retoma de visitas aos utentes de lares de idosos, da reabertura de creches e o reinício de aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus se registaram em 02 de março, regista 1.247 mortes relacionadas com a covid-19, mais 16 do que na segunda-feira, e 29.432 infetados, mais 223, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

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