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ONU pede fim da violência no Afeganistão e alerta para aumento das mortes civis

Foto EPA
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As Nações Unidas apelaram hoje ao fim imediato da violência no Afeganistão, frisando que o número de vítimas civis está a aumentar em virtude das ações, quer dos grupos talibãs, quer das forças de segurança afegãs. A missão da ONU no país expressou também preocupação pela “brutalidade” dos ataques realizados pelos extremistas do grupo Estado Islâmico.

O ataque contra a maternidade de um hospital de Cabul, na semana passada, ainda não foi reivindicado, mas os Estados Unidos afirmam que se tratou de uma ação de um grupo ligado ao Estado Islâmico que teve como alvo a minoria xiita do país.

O relatório das Nações Unidas acusa os talibãs da morte de 208 civis no mês passado e conclui que as operações do Exército Nacional Afegão provocaram a morte a 173 pessoas, no mesmo período.

Os civis são geralmente apanhados no fogo cruzado entre as forças em confronto.

O apelo da ONU é divulgado numa altura em que o enviado especial de Washington, Zalmay Khalilzad, tenta dar início a mais uma ronda negocial com os talibãs.

Os talibãs concordam em discutir as questões ligadas a um cessar-fogo permanente, mas criticam os “constantes” atrasos no processo sobre troca de prisioneiros.

O Departamento de Estado norte-americano disse que Khalilzad deve reunir-se com os representantes talibãs no Qatar, onde os “insurgentes” mantêm uma delegação, e vai exercer pressão para que se realizem as negociações “entre afegãos”, com a participação do governo, que devem incluir as questões sobre a “redução da violência”.

Nesse sentido, o enviado especial norte-americano deve visitar a capital do Afeganistão, em breve.

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